MC Poze participa de ato na porta de presídio para pedir liberdade para Oruam
Defesa do rapper disse ser “falsa” a tentativa da 16ª Vara de imputar ao artista a prática de tentativa de assassinato contra agentes
Rio de Janeiro|Do R7

Mesmo sob chuva, o cantor MC Poze participou de uma manifestação, na noite de sexta-feira (26), para pedir a liberdade do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, que está preso no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio.
Oruam está na cadeia desde terça-feira (22). Ele teve a prisão preventiva decretada (sem prazo) pela Justiça após ter sido indiciado pela Polícia Civil por crimes como lesão corporal, dano ao patrimônio e desacato. Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, o artista, que é filho do traficante Marcinho VP, também responderia por associação criminosa.

O rapper se envolveu em uma confusão com policiais civis que tentavam apreender um menor na saída da residência dele. Segundo a polícia, o adolescente de 17 anos é um dos maiores roubadores de veículos e segurança de um dos traficantes mais procurados do estado, o Doca.
No tumulto em frente à casa de Oruam, no Joá, pedras foram atiradas por um grupo na direção da viatura. Um agente ficou ferido. Além disso, um amigo do artista foi preso no imóvel. Já o menor alvo da ação e o rapper deixaram o local. No entanto, eles se entregaram à polícia.
A defesa de Oruam disse ser “falsa” a tentativa da 16ª Vara Criminal de imputar ao artista a prática de tentativa de assassinato contra o delegado Moyses Santana e o policial Alexandre Ferraz.
Segundo o advogado, o crime de tentativa de assassinato “não condiz com os fatos e encontra-se robustamente refutado por provas documentais e audiovisuais”.
“As manifestações de ameaças, abuso e agressão por parte das autoridades reforçam a necessidade de uma investigação imparcial e a observância rigorosa dos direitos humanos e das garantias constitucionais de Mauro e de todos os envolvidos. É imprescindível que a lei seja aplicada de forma equitativa, sem distinção por motivos pessoais, artísticos ou de classe social”, ressalta um trecho da nota.
Por outro lado, a Polícia Civil afirmou que os policiais “sofreram ataques físicos, insultos, ameaças” para impedir a atuação “legítima da força policial” no cumprimento de uma ordem judicial de busca e apreensão.
Além disso, a polícia ressaltou que a DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) “representou pela prisão do morador da residência, que foi corroborada pelo Ministério Público e aceita pela Justiça”.
Tanto a polícia como a Justiça declararam que o caso está sob sigilo.
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