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MPF pede à Justiça a prisão dos agentes da PRF envolvidos na morte da menina Heloísa, no Rio

O documento foi encaminhado na noite desta sexta (15), quando a criança ainda estava internada em estado gravíssimo em hospital 

Rio de Janeiro|Do R7

Heloísa morreu na manhã deste sábado (16)
Heloísa morreu na manhã deste sábado (16)

O MPF (Ministério Público Federal) pediu a prisão preventiva (sem prazo) dos três agentes envolvidos na morte da menina Heloísa, de 3 anos, durante uma abordagem no Arco Metropolitano, no Rio de Janeiro.

O documento foi encaminhado à Justiça na noite desta sexta-feira (15), quando a criança ainda estava internada em estado gravíssimo no Hospital Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense.

Entre as justificativas citadas para o pedido de prisão está a preservação da investigação do caso. 

Os agentes envolvidos na ação em que a menina foi baleada no Arco Metropolitano, no dia 7, já haviam sido afastados preventivamente de suas funções. 


Segundo o pai de Heloísa, o carro da família foi seguido pela viatura da PRF e não houve uma abordagem. Mesmo assim, Willian de Souza fez sinal de que ia em direção do acostamento. Ele disse que os disparos começaram com o veículo quase parado.

As investigações mostraram que o carro em que a família estava era roubado. Willian afirmou que não sabia da irregularidade do veículo. Segundo ele, a família tinha acabado de comprá-lo de um amigo que mora em Petrópolis, na região serrana do Rio.


Ainda de acordo com o MPF, no dia do ocorrido, 28 policiais estiveram na unidade de saúde onde a criança se encontrava e, segundo uma testemunha, vasculharam o carro da família. Um deles, inclusive, tentou intimidá-la, enquanto a criança passava por procedimentos cirúrgicos.

Agente é investigado por entrar no hospital

Outro agente da PRF está sendo investigado por ter entrado no hospital onde Heloísa estava internada. O policial, à paisana, foi flagrado em imagens do circuito interno da unidade, no corredor da emergência pediátrica, no sábado (9).


Ele não conseguiu ter acesso à UTI, onde a criança estava. Ainda não se sabe o motivo da ida dele à unidade de saúde.

De acordo com informações obtidas pela Record TV, o agente chegou a ser afastado da instituição por problemas disciplinares, em 2009. Ele foi reintegrado 11 anos depois, numa decisão do então ministro da Justiça Sergio Moro.

Criança morreu após 9 dias internada

Atingida na cabeça e na coluna cervical, a menina Heloísa morreu na manhã deste sábado (16), após nove dias internada. A criança, que teve uma piora no quadro de saúde durante a semana, sofreu uma parada cardiorrespiratória irreversível. 

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