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RJ: Castro pede ajuda ao governo federal para reconstruir Petrópolis 

Governador informou que conversou ontem com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e com o presidente Jair Bolsonaro sobre a situação da cidade, e que pediu apoio

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Governador do Rio pede apoio ao governo federal
Governador do Rio pede apoio ao governo federal Governador do Rio pede apoio ao governo federal

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou nesta quarta-feira (16) que o custo do primeiro auxílio aos moradores de Petrópolis prejudicados pelo temporal desta terça-feira (15) será bancado pelo governo do estado. Ele disse, no entanto, que está em entendimentos com o governo federal para um aporte de recursos para a reconstrução da cidade. Castro informou que conversou ontem com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e com o presidente Jair Bolsonaro sobre a situação da cidade, e que pediu apoio.

“Ontem mesmo falei com o ministro Rogério Marinho e com o presidente Bolsonaro da necessidade de apoio e ajuda. Há uma boa possibilidade de eles virem na sexta-feira [18] aqui, e na semana que vem, já com o número de projetos [que serão realizados] e a real situação na parte da reconstrução. Essa parte do primeiro auxílio o governo do estado vai fazer, não vou esperar o governo federal, mas na parte da reconstrução são muito importantes o apoio e o aporte deles”, disse em coletiva no 15º GBM (Grupamento de Bombeiros Militar) Petrópolis.

O governador chegou ontem à noite ao município da região serrana do Rio, fortemente atingido pela chuva, para acompanhar o trabalho das equipes e verificar a destruição em vários locais. “Acompanhei os primeiros trabalhos e a organização do grupo executivo para dividir as tarefas. A essa hora não adianta ter vaidade, não adianta também ter sobreposições de ações. Tem que estar bem organizado, então, ficamos até tarde organizando o trabalho para que as pessoas saibam a quem procurar e saibam o que fazer”, disse.

Solidariedade

Para iniciar a desobstrução das vias que impediam a chegada e o deslocamento das equipes dos bombeiros do Rio de Janeiro a Petrópolis, o governo do estado contou com o apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Segundo o governador, os bombeiros levaram até uma hora impedidos de trafegar na serra para chegar à cidade.

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“Hoje já são mais de 400 bombeiros trabalhando aqui. O governo do estado está presente em peso, e o maquinário já chegou. As secretarias de Desenvolvimento Social, tanto do estado como do município, já estão cadastrando as pessoas para que a gente possa dar o primeiro atendimento, limpar e fazer a vida da cidade voltar o mais rápido possível. Toda a questão de IML [Instituto Médico-Legal, para o reconhecimento das vítimas], ontem a Polícia Civil já subiu para cá. Falei com o presidente do Tribunal de Justiça para que a gente possa agilizar essa questão, infelizmente, das pessoas vitimadas”, disse.

O governador agradeceu a solidariedade de municípios do estado que estão enviando equipes para ajudar no trabalho de recuperação de Petrópolis. “O governo do estado está olhando todas as áreas, e outras cidades estão mandando profissionais para cá, para que a gente possa entrar em locais onde nem caminhão nem retroescavadeira entram e precisam de trabalho braçal, trabalho humano. As prefeituras estão mandando gente para cá, realmente, em um grande trabalho de solidariedade de todos os municípios e do governo do estado juntos”, disse.

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“É importante que a prefeitura coordene os trabalhos e todos os outros atuem com suporte deles somente em uma questão colaborativa”, disse Cláudio Castro.

Em seu perfil no Twitter, a Marinha informou que enviou nesta quarta uma equipe de fuzileiros navais e uma aeronave a Petrópolis, para reforçar o apoio às vítimas.

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Base de apoio

A Prefeitura de Petrópolis montou uma base no ginásio da UCP (Universidade Católica de Petrópolis), no bairro do Bingen, para reunir os equipamentos e caminhões que estão sendo utilizados nas operações na cidade. O prefeito Rubens Bomtempo disse que a intenção é buscar mais agilidade para devolver a normalidade à cidade.

“A cidade perdeu a sua capacidade de mobilidade urbana. Então, a gente precisa muito, neste momento, que as pessoas saiam de casa somente se for necessário, para a gente poder atuar o mais rapidamente possível. Serão dias difíceis que a gente vai ter que enfrentar, e a gente vai ter que fazer esse enfrentamento junto”, apelou o prefeito em um vídeo publicado no seu perfil no Facebook.

Está prevista para hoje, às 13h, uma primeira reunião executiva, para levantar todos os dados concretos dos efeitos do temporal. Depois do encontro, deverá haver uma coletiva de imprensa no meio da tarde, para divulgação das informações atualizadas de todas as áreas envolvidas nas ações.

“A gente está evitando muito dar dado sem que ele seja concreto e científico, e a ideia é no meio da tarde dar uma coletiva dizendo as reais proporções, mas é muito estrago. São cenas tristes e duras, e tem muita coisa para fazer aqui”, disse o governador.

O governador estimou em dois dias o prazo de conclusão da limpeza da cidade. “Não chovendo entre hoje e amanhã, no máximo no fim de semana a vida já vai estar voltando ao normal nas áreas mais comuns da cidade, não nas áreas de mais tragédia. Ali vai demorar um pouco, e o estado vai ter que entrar muito forte”, disse.

Prevenção

Para evitar novas tragédias, Cláudio Castro disse que o governo do estado está realizando projetos em cidades da região serrana impactadas por grandes ocorrências causadas pela chuva forte. Em Petrópolis, a última grande ocorrência de chuvas foi em 2013. Após assumir o Governo do Rio de Janeiro, em agosto de 2020, o governador lançou, em outubro, o Comitê das Chuvas, que realizou no ano passado a limpeza de rios em 35 municípios, com o investimento de mais de R$ 50 milhões, além da aplicação de mais de R$ 80 milhões em trabalhos de contenção de encostas. “Tanto que no ano de 2021 até essa tragédia agora não se viram impactos. Foi realmente uma grande tromba-d'água que infelizmente causou isso”, disse.

Conforme o governador, o atendimento às famílias que moram em áreas de risco está sendo feito por meio do Programa Casa da Gente, que prevê a entrega de 10 mil unidades por ano, para que elas possam deixar os locais. “Neste ano entregaremos 10 mil, e a minha orientação é que as primeiras pessoas [a serem atendidas] sejam aquelas de áreas de risco”, disse. Ele acrescentou, no entanto, que isso não será suficiente para atender à demanda. “Não se resolve um problema de décadas em um ano, mas essa já era uma preocupação minha desde o primeiro dia em que me tornei governador.”

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