O segundo dia de julgamento da ex-deputada federal Flordelis começou com atraso nesta terça-feira (8). O motivo foi o fato de a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) não ter levado ao fórum um dos réus, André Luiz de Oliveira, filho afetivo da ex-deputada, já que ele não estava listado na pauta. A pasta informou que vai apurar o atraso. Thiago Vaz de Souza, policial que atuou na equipe de Allan Duarte, foi o primeiro a depor nesta manhã. Segundo ele, Anderson poderia ter descoberto o plano para matá-lo por meio de um sistema de compartilhamento por nuvem dos celulares da família. Ele também falou que, devido ao grande número de pessoas na casa, a família era dividida em duas “facções”, uma que ajudava nos planos do crime e outra que denunciou a armação do assassinato. Vaz disse que em nenhum momento, durante as investigações, Flordelis alegou que Anderson abusasse dela e que sempre reafirmava seu amor pela vítima. Ontem, a defesa da ex-deputada divulgou um vídeo em que Flordelis narra agressões e abusos praticados por Anderson. Nas imagens, ela chora e diz que o pastor batia nela e já a havia sufocado com um travesseiro. Além da ex-parlamentar, a filha biológica dela, Simone dos Santos Rodrigues, a neta Rayane dos Santos Oliveira e os filhos afetivos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva estão no banco dos réus. Ontem, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce ouviu dois delegados que participaram das investigações do caso: Barbara Lomba e Allan Duarte. Ao deixar o tribunal, Duarte disse, em entrevista à Record TV Rio, que o crime foi premeditado e teve motivação financeira. Segundo o delegado, as investigações mostraram que, antes de ser executado, Anderson foi alvo de tentativas de assassinato por envenenamento e ação de pistoleiro.