60% dos agentes do Samu da zona leste estão em greve, diz sindicato
Na zona sul metade do efetivo também está paralisado. Os dados das outras regiões da capital devem ser divulgados por volta das 13h
São Paulo|Ana Maria Guidi, do R7*

Os funcionários do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgencia) paralisaram as atividades desde às 7h desta terça-feira (16), em São Paulo. De acordo com o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), que representa a categoria, na zona leste, 60% dos trabalhadores aderiram a greve. Na zona sul o número chega a 50% do efetivo.
Segundo o sindicato, os dados das outras regiões da capital devem ser divulgados por volta das 13h.
Esta é a terceira vez que o atendimento interrompeu o serviço neste mês. No dia 1º, a categoria suspendeu a atividade por 12 horas e, no dia 9, por cerca de 48 horas. A organização informou que, desta vez, a greve vai durar três dias.
Os trabalhadores marcaram, para às 13h desta terça-feira (16), um ato em frente à Câmara Municipal de São Paulo, no centro da capital.
Procurada, a prefeitura afirmou que ainda não finalizou o levantamento do número de grevistas.
Motivos
O motivo inicial da paralisação eram as mudanças anunciadas pela Prefeitura de São Paulo em fevereiro, que desativa 31, das 58 bases do Samu, e realoca os funcionários para os pontos de assistência, como UBS (Unidades Básicas de Saúde), AMA (Assistência Médica Ambulatorial), UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) e CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).
Segundo o sindicato, nesta nova suspensão, os trabalhadores acrescentaram novas pautas, como o fim da Operação Delegada, um convênio entre a prefeitura e o governo do Estado de São Paulo para que bombeiros conduzam os veículos do Samu, e a volta dos plantões suplementares.
Os trabalhadores reivindicam ainda que seja realizada uma audiência com o secretário municipal de saúde e que o poder público entregue um dossiê sobre a desestruturação do Samu ao Ministério Público, ao Colégio de Lideres (órgão de discussão e negociação politica da federação) e a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo.
*Estagiária do R7, com supervisão de Ingrid Alfaya