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Adolescente matou Raíssa inspirado em filmes, diz delegado

Segundo a Polícia Civil, até o momento não é possível apontar nenhum envolvimento de outras pessoas no crime além do suspeito de 12 anos 

São Paulo|Kaique Dalapola, do R7

Menina foi estuprada e torturada, de acordo com laudo necroscópico
Menina foi estuprada e torturada, de acordo com laudo necroscópico

As investigações da Polícia Civil apontam que o adolescente de 12 anos matou a menina Raíssa Eloá, 9 anos, inspirado em filmes de violência e terror que costumava assistir. A informação foi dada pelo delegado Luís Eduardo Marturano, do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), nesta sexta-feira (18).

A menina foi morta no dia 29 de setembro, depois de uma festa no CEU (Centro Educacional Unificado) Anhanguera, na zona norte de São Paulo. Exames do IML (Instituto Médico Legal) apontam que Raíssa foi morta por estrangulamento, além de ter sido estuprada e espancada.

Caso Raíssa: laudo do IML indica que menina foi estuprada e torturada

De acordo com a Polícia Civil, por enquanto, é possível afirmar que o menino participou do crime. Ainda não há indícios da participação de outras pessoas no crime.


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O adolescente chegou a dizer, para polícia e em juízo, que um homem que chegou de bicicleta teria sido o responsável pelo crime. No entanto, o delegado diz que, com base em mais de 20 testemunhas e câmeras de segurança, é possível ter certeza que essa pessoa que ele relata não existe.

A Polícia Civil ainda aguarda resultado de exames que podem apontar se o adolescente agiu mesmo sozinho e quem teria sido o autor do estupro.


As investigações da 5ª delegacia do DHPP também apontam que, desde março deste ano, o adolescente já havia se envolvido em confusões na escola e, inclusive, levado advertências e suspensões.

Ainda segundo a polícia, a família do adolescente e o Conselho Tutelar haviam sido notificados sobre comportamentos agressivos e atos obscenos do menino na escola. Os pais, segundo Marturano, foram poucas vezes à escola.


A polícia afirma ter identificado pelo menos três mentiras nos depoimentos do adolescente sobre a corda que enforcou Raíssa.

A primeira, no distrito policial que registrou a ocorrência, ele teria dito que um homem chegou com o objeto. A segunda, já no DHPP, disse que a corda estava na sacola que ele carregava. E, por fim, em juízo, teria afirmado que chegou com a objeto amarrado na cintura, porque ele gosta de pular corda.

Outra contradição do adolescente teria sido a respeito do sangue encontrado na camiseta dele. Em uma primeira versão, disse que era de um pernilongo. Posteriormente, confessou que era de Raíssa, mas falou que passou a mão nela depois do crime, cheirou o sangue e limpou na camiseta.

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