Caso Helena: suspeito de matar menina foi preso após ser desmentido pela sogra
Robson, detido por suspeita de atirar na garota, disse que no horário do crime estava na casa da sogra, que negou a versão
São Paulo|Do R7
O segundo suspeito de matar a menina Helena, de apenas 6 anos, na Grande São Paulo, foi preso nesta terça-feira (2) após ter seu álibi derrubado pela própria sogra. No final da tarde, a Justiça decretou a prisão temporária de Robson de Lima, de 30 anos, pelo período de 30 dias, e ele passaria a noite detido na delegacia de Carapicuíba.
Segundo o delegado Marcelo Prado, entre as evidências apresentadas pela polícia para a prisão está o álibi falso. Robson afirmou que na noite da morte de Helena — sexta-feira (29) — estava na casa dos sogros, tendo saído apenas na madrugada de sábado (30). A sogra do suspeito, no entanto, derrubou essa versão. Chamada à delegacia, ela relatou que o homem deixou o local às 21h30, uma hora antes do crime.
“Ele constrói uma tese de defesa para mostrar que no dia e no horário do crime ele estava na casa do sogro com a família. Ela derruba isso por terra”, afirma Marcelo Prado. “Ele mentiu”, conclui.
Outro argumento que reforça a tese da polícia de que Robson foi o atirador que matou a menina é a versão do pai da garota, que chegava com ela em casa quando o carro em que estavam foi alvejado. Evandro Mingorance, que foi operado após ser baleado e segue internado, disse reconhecer o andar do suspeito e que era equivalente ao do atirador.
O caso
Pai e filha foram baleados na rua Gaspar da Silva, no bairro Jardim Santa Rita, em Carapicuíba. A polícia suspeita que um comerciante de prenome Gustavo, de 25 anos e preso na segunda-feira (1º), seja o mandante do crime e tenha pedido ao amigo Robson que fizesse os disparos.
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A principal suspeita é que o crime tenha ocorrido em razão de uma dívida. Evandro havia emprestado R$ 66 mil a Gustavo e estava cobrando a devolução do valor, que já estaria em R$ 85 mil. No dia do crime, o pai de Helena cobrou o pagamento por mensagem, em duas oportunidades. O comerciante, então, teria premeditado o assassinato dele.
Gustavo, assim como Robson, nega qualquer participação no crime. O caso é investigado.