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Caso Pesseghini: laudos acusam uso de tranquilizantes

Polícia encerra investigação e confirma que garoto de 13 anos matou a família

São Paulo|Lumi Zúnica, especial para o R7

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Os laudos toxicológicos realizados nos membros da família Pesseghini apontaram os tranquilizantes Diazepan e Nordazepan, os relaxantes musculares e analgésicos Orfenadrina e Naproxeno no corpo de Benedita Oliveira Bovo, avó do garoto Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos.

A mãe dele, o cabo da Polícia Militar Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, teve resultado positivo para o antidepressivo Amitriptilina, o analgésico Metadona e o anti-inflamatório Naproxeno. 

O pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luís Marcelo Pesseghini, e a tia-avó de Marcelo, Bernadete Oliveira da Silva, tiveram resultados negativos nos exames toxicológicos.

Marcelo foi encontrado morto junto com os pais, a avó e a tia-avó no início de agosto, na Vila Brasilândia, na zona norte de São Paulo. Nove meses após a morte da família, o delegado Charlie Wei Ming Wang, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Crimes Múltiplos da Divisão de Homicídios de São Paulo, encerrou as investigações e encaminhou à Justiça na última sexta feira (16) o relatório final que resume os dez volumes do inquérito. O documento conclui que Marcelo matou a família e se suicidou após cometer os crimes. 


Andreia não foi trabalhar no dia em que foi morta. Por volta das 14h, um colega da PM resolveu procurá-la em casa, mas encontrou tudo fechado. O policial retornou às 18h e estranhou ao ver a porta da sala aberta. O filho da tia-avó do menino também chegou neste momento.

O parente pulou o muro da casa e encontrou a mochila de Marcelo. Dentro, havia uma arma e uma faca. Em seguida, ele chamou o PM e ambos descobriram o crime que, pouco tempo depois, se tornou público e atraiu dezenas de policiais fardados ao local.


Os laudos e o local do crime

O exame necroscópico revelou que Marcelo morreu com um disparo encostado. O projétil entrou pouco à frente da orelha esquerda e saiu acima da orelha direita. A mãe, Andreia, recebeu um disparo de curta distância na nuca, enquanto o pai foi morto com outro tiro, atrás da orelha esquerda. A avó e a tia-avó dormiam na casa ao lado, que fica no mesmo terreno. A primeira foi atingida com um disparo encostado na boca. A segunda, com um tiro na região cervical posterior, que saiu na cervical lateral esquerda.


Os resultados dos exames de pólvora efetuados nos corpos foram negativos, inclusive no de Marcelo. Segundo os técnicos, isso é bastante comum em se tratando de disparo de pistola, onde os gases da carga explosiva são expelidos pela lateral da arma e não deixam vestígios na mão do atirador.

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Quanto ao local do crime, a polícia constatou que as portas não foram arrombadas, com exceção do portão da garagem, aberto pelos policiais militares que transitaram na cena dos crimes.

Na mochila de Marcelo, foram encontrados roupas, rolos de papel higiênico, uma carteira com R$ 350, uma faca e um revólver enferrujado calibre 32 da marca Taurus, além de potes contendo projéteis de chumbinho para arma de pressão. No relatório, o delegado destaca que Marcelo sempre foi orientado a tomar os remédios para sua doença nos horários certos. Caso não o fizesse, ele sofreria diarreias e secreções, o que explica a presença dos vários rolos de papel.

Os corpos de Marcelo e dos pais foram encontrados na sala da casa principal. O pai teria sido alvejado enquanto dormia e a mãe ao se ajoelhar sobre o corpo do marido. Na outra casa, a avó também foi morta dormindo, mas a tia-avó acordou e foi atingida por dois disparos ao tentar se proteger. Já Marcelo foi encontrado com o dedo indicador da mão esquerda no gatilho da arma. Ele era canhoto. A balística comprovaria depois que os seis disparos partiram da arma, que pertencia à mãe, empunhada pelo adolescente.

Caminhos da investigação

Muitas foram as linhas de investigação seguidas para esclarecer o caso, entre as quais, se destacam supostas denúncias feitas por Andreia contra colegas de farda; a carta de denúncia de um vizinho próximo das vítimas; outra carta de denúncia vinda de Taubaté, no interior paulista; um guardanapo deixado anonimamente no carro de um perito no fórum de Pinheiros; um molho de chaves achado por uma jornalista; um suposto amante de Andreia; uma amante rejeitada por Luís Marcelo, e até declarações, em uma delegacia, de um homem afirmando que os assassinos seriam outros policiais militares.

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Outras linhas de investigação nasceram de afirmações feitas por “um perito alagoano“ e uma advogada contratada pelos avós de Marcelo. Segundo a polícia, todas as linhas de investigação foram esgotadas, e os apontamentos feitos pelo perito e a advogada foram descartados mediante contraprovas ou por falta de fundamento.

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