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Covas envia hoje pedido de licença por 30 dias à Câmara Municipal

Prefeito de São Paulo anunciou no domingo (2) afastamento para tratar agravamento de câncer. Ricardo Nunes assumirá o cargo

São Paulo|Do R7

Bruno Covas, prefeito de São Paulo
Bruno Covas, prefeito de São Paulo

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, enviará nesta segunda-feira (3) à Câmara Municipal um ofício com pedido de licença por 30 dias para se dedicar ao tratamento médico contra um câncer. A decisão, anunciada no domingo (2) depende do aval dos vereadores. Quem assumirá o cargo é o vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB).

Covas voltou a ser internado ainda neste domingo (2) no hospital Sírio Libanês para fazer exames e dar continuidade à quimioterapia e à imunoterapia. Esta internação estava prevista para acontecer na segunda (3).

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o médico David Uip, que acompanha o tratamento de Covas, afirmou que o motivo do afastamento são reações adversas que o prefeito pode enfrentar. "Ele precisa se dedicar ao tratamento, que pode levar a reações adversas, como náuseas e vômitos. É um tratamento pesado. Por isso achamos melhor que ele se afaste."

O prefeito, de 40 anos, trata desde 2019 um câncer na cárdia, órgão de transição entre estômago e esôfago, com metástase no fígado. Ao longo da última internação, que durou 12 dias, foram descobertos novos pontos afetados no fígado e nos ossos. 


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Devido ao agravamento, ele precisou ficar internado e recebeu tratamento oncológico com um novo protocolo de quimioterapia em conjunto com imunoterapia. Covas chegou a receber alimentação complementar por via intravenosa e apresentou acúmulo de líquidos ao redor do pulmão e no abdômen, o que prolongou o tratamento.

Em uma nota publicada nas redes sociais, Covas afirmou: "Nesses últimos meses, a vida tem me apresentado enormes desafios". Após a publicação, políticos se manifestaram em apoio ao prefeito e também o Santos Futebol Clube, do qual Covas é torcedor. 


Ricardo Nunes

Após a oficialização do afastamento do prefeito, o vice, Ricardo Nunes, assume. Durante a corrida pela prefeitura em 2020, Nunes foi um dos principais alvos de críticas à campanha do colega tucano até novembro passado.

Ricardo Nunes e Bruno Covas durante a campanha
Ricardo Nunes e Bruno Covas durante a campanha

Uma das críticas se baseou em um boletim de ocorrência que Regina, esposa de Nunes, registoru em 2011, alegando ter sido vítima de violência doméstica, ameaça e injúria. Em entrevista no ano passado ao Estadão, porém, Regina afirmou que não se lembrava do registro do boletim há dez anos. Ela e o marido negaram as agressões.


Filiado ao MDB desde os 18 anos, Ricardo Nunes é empresário e foi vereador de São Paulo pelo partido em duas oportunidades: de 2013 a 2016 e de 2017 a 2020. No ano passado, foi eleito vice-prefeito na chapa de Bruno Covas (PSDB) pelo comando executivo da capital paulista.

Nunes foi presidente da Aeseul (Associação Empresarial da Região Sul) e fundou a Adesp (Associação das Empresas Controladoras de Pragas do Estado de São Paulo) e a Abrafit (Associação Brasileira das Empresas de Tratamento Fitossanitário e Quarentenário).

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