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Delegado que investigou caso Gil Rugai começa a depor 

Rodolfo Chiareli é a segunda testemunha ouvida nesta terça-feira

São Paulo|Vanessa Sulina, do R7

Gil Rugai
Gil Rugai ADRIANO LIMA/ESTADÃO CONTEÚDO

O delegado Rodolfo Chiareli, que investigou o caso Gil Rugai, é o segundo a ser ouvido, nesta terça-feira (19), no julgamento do ex-seminarista, acusado de matar o pai e a madrasta. A primeira testemunha do segundo dia do júri de Rugai foi instrutor de voo Alberto Bazaia Neto, amigo do pai do acusado. O julgamento acontece no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

No primeiro depoimento, os advogados de Gil Rugai tentaram ligar a morte das vítimas ao tráfico de droga. A defesa afirmou que faltou à polícia e ao Ministério Publico seguir essa linha de investigação. Segundo o advogado Thiago Anastácio, o aeródromo de Itu, onde o pai de Gil Rugai fazia aulas, era “a principal porta de entrada de cocaína no Brasil”.

Pai de Gil Rugai o considerava "um menino muito perigoso", diz amigo 

“Eu não matei, sou inocente”, diz Gil Rugai ao chegar ao fórum 


As insinuações da defesa sobre o local onde Luiz Carlos Rugai tinha aulas de voo ser um ponto de drogas irritaram a promotoria e provocaram um bate-boca entre os advogados do réu e a acusação no plenário 10. Anastácio e o advogado-assistente da promotoria, Ubirajara Mangini, chegaram a trocar xingamentos durante o julgamento.

Relembre o caso


O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo, no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.


O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontraram no quarto do rapaz um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e será julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe. 

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