DNA, digitais e exames dentários: conheça técnicas utilizadas para identificar vítimas de Vinhedo
Protocolo de Identificação de Vítimas de Desastres é baseado em procedimentos internacionais da Interpol
São Paulo|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
O governo de São Paulo informou que 21 corpos já foram resgatados do local da queda do avião da Voepass, que matou 62 pessoas na sexta-feira (9), em Vinhedo (SP). Segundo informações oficiais divulgadas neste sábado (10), 12 corpos já estão no IML, e dois deles já foram identificados pelas impressões digitais, ou exame datiloscópico. A técnica faz parte do protocolo DVI (Identificação de Vítimas de Desastres, em tradução), acionado para garantir que todas as vítimas sejam identificadas de forma precisa e digna. Entre os procedimentos, também estão a análise de DNA e exames ortodônticos. Segundo a Polícia Científica do Paraná, 25 famílias fizeram coleta de material genético.
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O trabalho conta com a participação de diversos profissionais, entre peritos, médicos legistas, papiloscopistas e especialistas em acidentes aeronáuticos. O protocolo serve como guia para as melhores formas de coleta de dados para ajudar na identificação dos corpos. Geralmente, os trabalhos são divididos em quatro fases:
- Informações sobre as vítimas antes do desastre;
- Dados obtidos dos corpos das vítimas;
- Local do desastre;
- Fase de comparação das informações obtidas.
Ainda segundo o governo de São Paulo, os corpos estão sendo encaminhados para o IML (Instituto Médico Legal) da capital. “A unidade está temporariamente fechada para atendimento exclusivo às vítimas do acidente aéreo em Vinhedo. As demais ocorrências da capital estão sendo atendidas nas outras unidades do IML”, ressaltou o comunicado.
Suporte para famílias das vítimas
As famílias das 62 vítimas estão sendo acomodadas em um hotel da capital paulista e contam com a presença de assistentes sociais e psicólogos para prestar apoio. Além disso, equipes da Defesa Civil também estão presentes para dar suporte adicional às famílias.
Há um atendimento especializado disponível no auditório do Instituto Oscar Freire, na Rua Teodoro Sampaio, 115, próximo ao IML Central. No local, os familiares podem apresentar documentos médicos, odontológicos e radiológicos das vítimas, que podem auxiliar na identificação dos corpos.