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Em discurso na Paulista, Bolsonaro diz que busca pacificação e pede anistia aos presos pelos atos do 8/1

Manifestação chegou a ocupar nove quarteirões da avenida Paulista em São Paulo

São Paulo|Gabriela Coelho e Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Ato em defesa de Bolsonaro reuniu cerca de 700 mil pessoas
Ato em defesa de Bolsonaro reuniu cerca de 700 mil pessoas TABA BENEDICTO/ESTADÃO CONTEÚDO/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou durante o ato na avenida Paulista convocado em sua defesa neste domingo (25). Segundo ele, a suspeita da Polícia Federal de que houve uma tentativa de golpe de Estado por parte de seu grupo político é infundada. "Agora querem entubar a todos nós que um golpe, usando dispositivo da Constituição, cuja palavra final quem dá é o parlamento brasileiro, estava em gestação. Creio que está explicada essa questão. Teria muito a falar. Tem gente que sabe o que eu falaria. Mas o que eu busco é a pacificação, passando uma borracha no passado," disse o ex-presidente. "Nós já anistiamos, no passado, quem fez barbaridade. Agora, nós pedimos a todos um projeto de anistia no nosso pais. E quem depredou o patrimônio que pague, mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade. Pobres coitados que estavam no dia 8 de janeiro," acrescentou. 

O ex-presidente também comentou a adesão de manifestantes no ato: "Vocês nos trazem esperança, energia, garra, certeza que temos como vencer. Nós não queremos um socialismo para o Brasil e não podemos admitir um comunismo em nosso meio. Não queremos ideologia de gênero e queremos respeito à propriedade privada. Queremos direito à defesa da própria vida, respeito à vida desde a concepção, não queremos a liberação das drogas," disse.

De acordo com os organizadores, cerca de 700 mil pessoas compareceram à manifestação. Aliados do ex-presidente também estavam presentes. Além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), compareceram o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) e a vice-govenadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas).

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a manifestação serve para celebrar o verde e amarelo e o amor ao país, ao Estado Democrático de Direito e para entender os desafios que, de acordo com o governador, existem atualmente. 


"O desafio da representatividade que será vencido com liberdade de expressão, pensamento e manifestação sem censura. O desafio da segurança jurídica para que tenhamos previsibilidade, para trazer investimentos. O desafio da justiça social", disse.

Tarcísio classificou o ato como "festa bonita". "Eu tenho certeza que vocês estavam saudade de vestir o verde e amarelo. Eu tenho certeza que vocês estavam com saudade do nosso presidente Jair Bolsonaro".


Alguns aliados não puderam comparecer em decorrência de medida expedida por Alexandre de Moraes, que proíbe o contato entre investigados com o político, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, os generais Heleno e Braga Netto entre outros.

Silêncio em depoimento à Polícia Federal

Bolsonaro ficou calado em durante o depoimento à Polícia Federal na última quinta-feira (22) em Brasília. O ex-presidente se recusou a falar sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. A defesa dele pede acesso total à investigação e à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O Jornal da Record confirmou que o general Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, também ficou em silêncio.


Os ex-ministros Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Defesa) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também prestaram depoimento. As oitivas aconteceram de maneira simultânea, técnica utilizada para dificultar a troca de informações entre os investigados.

No início do mês, o ex-chefe do Executivo e aliados foram alvo de uma operação da corporação, que cumpriu mandados de busca e apreensão em dez estados. Na época, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva em nove estados e no Distrito Federal no dia 8 de fevereiro.

Essa é a sétima vez que o ex-presidente foi intimado para prestar depoimentos na PF desde que deixou a Presidência. A defesa tentou adiar a ida à PF, mas o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou os pedidos em três ocasiões.

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