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Ex-sócio de Gil Rugai é primeira testemunha a depor no quarto dia de julgamento

Rudi Otto deve falar sobre comportamento do réu e é considerado chave pela acusação

São Paulo|Vanessa Sulina, do R7

O ex-sócio de Gil Rugai, Rudi Otto, é a primeira testemunha a depor nesta quinta-feira (21), quarto dia de julgamento do ex-seminarista acusado de matar o pai e a madrasta em 2004. Ele começou a falar por volta das 10h45. Convocado pelo juiz, Otto deve falar sobre o comportamento "esquisito" do réu, segundo o assistente da acusação, Ubirajara Mangini K. Pereira.

O júri acontece desde segunda-feira (18) no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Estão previstas para prestar depoimento hoje outras duas testemunhas arroladas pelo juiz: Francisco Luiz Valério Alves, motorista de uma casa vizinha à do casal assassinado, e um vigia da rua, Fabrício Silva dos Santos.

O interrogatório mais aguardado do dia, no entanto, é o de Gil Rugai. O promotor do caso, Rogério Zagallo, disse acreditar que Rugai não irá confessar o crime. A defesa do acusado afirmou que ele irá responder a todas as perguntas.

Relembre o caso


O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.


O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

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Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontraram no quarto do rapaz um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e está sendo julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e por estelionato, em razão do desfalque dado na produtora do pai.

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