Mizael Bispo vai a júri popular nesta segunda-feira três anos após assassinato de Mércia
Julgamento, que acontecerá em Guarulhos, será transmitido em tempo real pela TV
São Paulo|Do R7
O julgamento de Mizael Bispo, acusado de matar a advogada Mércia Nakashima, está previsto para começar nesta segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo. Bispo sentará no banco dos réus quase três anos após o crime, ocorrido em 2010.
Sete jurados decidirão se ele é ou não culpado. O policial militar reformado e também advogado responde por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O julgamento será transmitido em tempo real pela televisão. A previsão é de que dure cinco dias.
Para o Ministério Público, o acusado matou Mércia porque se sentia “humilhado” pela jovem, que queria ter um relacionamento descompromissado com ele.
O advogado teria levado a ex-namorada, no carro dela, para Nazaré Paulista, interior de São Paulo. Lá, ela foi baleada e o carro, jogado em uma represa. Ainda de acordo com a promotoria, Mizael teria contado com a ajuda do vigilante Evandro Bezerra da Silva. Ele também irá a júri popular, no dia 29 de julho deste ano.
Já a defesa pretende tentar desconstruir as provas contra o policial reformado, convocando especialistas na área de telefonia e biologia como testemunhas. Os advogados afirmam que não haverá elementos surpresa, mas que tentarão mostrar no plenário que quando o veículo de Mércia foi jogado na represa, Mizael estava 48 km longe do local dos fatos.
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Onze testemunhas
Ao todo, onze testemunhas foram convocadas. Cinco são da acusação e outras cinco, da defesa de Mizael Bispo. Uma foi arrolada pelo juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, que irá presidir o júri.
O promotor Rodrigo Merli terá com assistente de acusação Alexandre de Sá Domingues, contratado pela família da vítima.
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Bispo será defendido pelos advogados Ivon Ribeiro, Samir Haddad Junior e Wagner Aparecido Garcia.
Selecionados pelo Tribunal de Justiça, 25 jurados se apresentarão ao júri popular. Na segunda-feira, primeiro dia do julgamento, na sala do plenário, sete pessoas deste grupo serão sorteadas pelo escrevente para compor o júri. Porém, tanto a promotoria (acusação) quanto a defesa podem recusar por três vezes o jurado sorteado. Os escolhidos precisam ser aceitos tanto pelo Ministério Público quanto pelos advogados de defesa.