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Paissandu: polícia culpa três coordenadores por incêndio e queda

Inquérito concluído em outubro foi encaminhado ao MP-SP, que pede laudo sobre condições do prédio antes do incêndio. Caso completa nove meses

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

Coordenadores da ocupação são apontados como responsáveis pelo incêndio
Coordenadores da ocupação são apontados como responsáveis pelo incêndio Coordenadores da ocupação são apontados como responsáveis pelo incêndio

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre as causas e supostas responsabilidades pelo incêndio que provocou o desmoronamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no dia 1º de maio do ano passado. O fogo que antigiu o prédio localizado no centro de São Paulo deixou moradores mortos, desaparecidos e desabrigados. Nesta sexta-feira (1º), o caso completa nove meses. 

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De acordo com o delegado responsável pelo documento, que atuava no 3 º DP (Campos Elíseos), Roberto Krasovic, o inquérito foi concluído no dia 15 de outubro de 2018 e encaminhado ao Ministério Público de São Paulo. Nas investigações, três coordenadores da ocupação, integrantes do todos do MLSM (Movimento de Luta Social por Moradia) foram responsabilizados criminalmente suspeitos de não terem tomado medidas de segurança para evitar o incêndio.

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No entendimento do delegado, a partir dos laudos anexados aos autos, eles seriam responsáveis pela manutenção do edifício e como o incêndio teve como consequência a morte de pessoas, a polícia vê indícios de responsabilidade pela morte dos moradores da ocupação.

Segundo depoimentos de moradores da ocupação, os coordenadores cobravam taxam mensais, que variavam entre R$ 150 e R$ 180, que deveriam ser utilizadas para a manutenção do edifício. Apesar disso, segundo moradores ouvidos pelo R7, o prédio não possuia extintores de incêndio para emergências e contava com instalações elétricas clandestinas.

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O documento foi encaminhado para o Ministério Público de São Paulo há cerca de 20 dias. O órgão poderia oferecer denúncia ou pedir novas diligências à polícia. Questionado pela reportagem, o MP-SP afirmou por meio de nota que a Promotoria aguarda uma resposta do Instituto de Criminalística a respeito das condições do prédio que foram atestadas em laudos apresentados antes do incêndio. O órgão afirmou, porém, que o caso está em segredo de justiça. 

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Na época, a principal hipótese da polícia era que incêndio teria sido provocado por um curto-circuito originado por ligação de três eletrodomésticos na mesma tomada. O secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, disse que o acidente se iniciou no apartamento de uma família de quatro pessoas, no 5º andar. Todas estavam dormindo em casa.

A reportagem tentou entrar em contato com o MLSM e tentou localizar a defesa dos coordenadores da ocupação, porém não obteve retorno até a publicação.

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