"Temos prazo e tranquilidade", diz Covas sobre adiar grandes eventos
Segundo prefeito, datas permitem que decisões sejam bem pensadas. Para o Réveillon da avenida Paulista, a definição deve sair até outubro
São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que "só vai permitir que ocorram grandes eventos na cidade quando tiver tranquilidade". Segundo ele, agora a prefeitura trabalha para resolver os problemas gerados pela pandemia do novo coronavírus.
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"Não dá para acontecer uma Virada Cultural em setembro. Temos prazos para os demais eventos, estamos definindo com tranquilidade. A Parada LGBT e a Marcha para Jesus, previstas para novembro, estão sendo discutidas. Não precisamos fazer nada de forma atabalhoada", enfatizou Covas sobre um possível adiamento de outros eventos na capital.
Prevista para setembro, a Virada Cultural de 2020 será totalmente transmitida pela internet, sem qualquer chance de apresentações presenciais e com público. O governador João Doria (PSDB) também já falou que a realização das festas de Ano-Novo e Carnaval está condicionada à existência de uma vacina contra a covid-19.
"Diante de um quadro como este, nós não temos que celebrar nem Ano-Novo nem Carnaval diante de uma pandemia. Apenas com uma vacina pronta e aplicada, e a imunização feita, é que podemos ter celebrações que fazem parte do calendário do país, mas neste momento, não", destacou o governador.
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Para Covas, a decisão sobre ter ou não uma festa de Réveillon na avenida Paulista não precisa ser tomada agora: "A organização de uma festa como esta é feita em três meses. Temos aí até setembro ou outubro para definir".
Sobre a reabertura de cinemas e teatros na cidade, permitida agora na fase amarela do Plano São Paulo de flexibilização, do governo estadual, o prefeito afirmou que, por enquanto, não há data nem nenhuma decisão da Vigilância Sanitária. A liberação para funcionamento depende da criação de protocolos do setor e do aval da Vigilância.
Mas Covas ressaltou ainda, em coletiva de imprensa, que as ciclofaixas de lazer deverão ser reativadas aos finais de semana. A operação está a cargo da Uber, que assinou um contrato com a prefeitura e vai investir R$ 12 milhões no projeto. A validade é de um ano.