Teste de DNA deve confirmar se corpo achado em lago é de Lucas
Coleta para exame foi realizada com pai e dois irmãos. Resultado deve sair em dez dias para confirmar ou não identificação de corpo encontrado em lago
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
Um exame de DNA pode confirmar se o corpo encontrado em um lago no Parque Natural Municipal do Pedroso, próximo ao Primeiro Ponto do Teleférico, na Estrada do Pedroso, em Santo André, no ABC Paulista, na manhã desta sexta-feira (15), é de Lucas Eduardo Martins dos Santos, de 14 anos, desaparecido desde às 23h de terça-feira (12).
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Na sexta-feira (15), quando o corpo foi encontrado, o irmão mais velho Igor chegou a confirmar que se tratava de Lucas. O outro irmão, Vitor Duarte, disse porém que não era dele. "Ele estava muito nervoso", disse Vitor se referindo ao irmão.
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Por conta da dúvida, a família vai ter que aguardar o resultado da coleta do material genético que foi colhido do pai, que veio da Bahia, e dos irmãos. Igor afirma que o corpo é do irmão, mas Vitor discorda. Segundo ele, a altura é o principal fator de divergência. Lucas tinha 1.71 metros, considerado alto e robusto para a idade.
Opiniões divergentes
O impasse ocorreu após o encontro de uma pessoa sem vida em um lago a quilômetros de distância da casa em que vivem os familiares do menino.
"Ele tinha sinais nas costas e no pescoço e não foi possível ver nesse corpo", disse uma tia. Outra tia do menino afirma que ainda tem esperança de que o jovem seja encontrado com vida.
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A família espera o resultado do exame de DNA, que deve sair em cerca de 10 dias, para confirmar a identificação do corpo.
Segundo a madrasta, o último sinal que o garoto teria dado foi indicando a policiais militares onde morava e, em seguida, foi levado em uma viatura da PM.
Manifestações
Na tarde desta quarta-feira (13), familiares de Lucas e moradores da comunidade onde o jovem desapareceu foram para as ruas cobrar respostas sobre o desaparecimento.
Durante a manifestação, a Polícia Militar agiu contra os moradores com a justificativa de impedir o fechamento de uma via que margeia a comunidade. Na dispersão do protesto, moradores afirmam ter sofrido agressões físicas e ameaças por parte dos policiais da Força Tática do 41º Batalhão.
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Após o fim do ato na principal via fora da comunidade, a equipe da Record TV pediu para um dos possíveis agredidos por PMs indicar o policial supostamente agressor.
No momento que o morador indicaria o PM suspeito, policiais atiraram contra os moradores e isolou a equipe de reportagem da Record TV. Em seguida, impediu a aproximação de um repórter cinematográfico.
Em entrevista a Luiz Bacci no Cidade Alerta, o capitão André Luís Magalhães Bonifácio, do Centro de Comunicação Social da Polícia Militar, afirmou que "não está conseguindo encontrar tal viatura que fez tal abordagem" e que "está tentando encontrar testemunhas que possam contar o que aconteceu nesta madrugada" e que "vai mobilizar a PM em todo o estado para tentar achar esta criança e saber o que aconteceu".
A reportagem do R7 também pediu informações sobre o caso para a SSP (Secretaria de Segurança Pública), que afirmou que "todas as circunstâncias relativas ao fato são apuradas por meio de inquérito instaurado pelo Setor de Desaparecimento do DHPP da Polícia Civil de Santo André. As equipes da unidade policial realizam diligências para localizar o jovem. A Polícia Militar também instaurou um procedimento para apurar o caso. A corporação acompanha as manifestações realizadas na região".