Prefeitura de BH negocia leitos para covid com rede particular de saúde
O prefeito Alexandre Kalil explicou que a abertura de novos leitos depende de mão de obra e medicamentos; declaração foi dada em entrevista à Itatiaia
Coronavírus |Luíza Lanza*, do R7
A Prefeitura de Belo Horizonte está negociando a ampliação do número de leitos hospitalares por meio de uma negociação com a rede particular de saúde da cidade. A declaração foi dada, nesta terça-feira (30), pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) em uma entrevista à Rádio Itatiaia.
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De acordo com Kalil, a negociação dos leitos particulares faz parte de um esforço da administração municipal para que "a cidade receba esse bombardeio da melhor forma possível".
A abertura de novas unidades de enfermaria e UTI pressionam a capital mineira, que atingiu, ainda nesta semana, a marca de 87% de ocupação.
— Quando eu escuto que estamos exagerando, vou dar números assombrosos: tínhamos 82 UTIs abertas, hoje temos 315. Tínhamos 114 enfermarias, hoje temos 798. E com todo esse aumento, a nossa ocupação continua de 87% nas UTIs e 70% nas enfermarias.
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Ainda no mês de junho, a Prefeitura de BH solicitou ao Governo de Minas a abertura do hospital de campanha, montado no centro de convenções Expominas, com 740 unidades de enfermaria e outras 28 de estabilização. A SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde) negou o pedido, afirmando que os esforços estavam voltados, neste momento, para a ampliação dos leitos nos hospitais públicos já existentes.
Para Alexandre Kalil, a abertura de novas unidades de internação esbarra na falta de mão de obra e de medicamentos. Com 5.915 casos da covid-19 e 136 mortes causadas pela doença, a capital mineira recuou com a flexibilização do comércio, em uma tentativa de reduzir a ocupação da rede hospitalar.
Desde a segunda-feira (29), está permitido somente o funcionamento dos serviços considerados essenciais.
*Estagiária do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli