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Fila para transplante de córnea no Brasil quase dobra em cinco anos

Houve redução do volume de cirurgias depois da pandemia de Covid-19

Saúde|Da Agência Brasil

Atualmente, quase 24 mil pessoas estão na fila de transplante de córnea
Atualmente, quase 24 mil pessoas estão na fila de transplante de córnea Atualmente, quase 24 mil pessoas estão na fila de transplante de córnea

A fila de espera por um transplante de córnea no Brasil praticamente dobrou ao longo dos últimos cinco anos, passando de 12.212 em 2019 para 23.946 atualmente. O CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) alerta que o volume de procedimentos não retomou os níveis pré-pandemia de Covid-19 – o total de intervenções realizadas no SUS (Sistema Único de Saúde) em 2022 é menor do que o que era executado no início da década passada.

Os dados constam no Observatório CBO, plataforma criada pela entidade de acesso público e gratuito, que agrupa informações sobre consultas, exames, cirurgias e transplantes realizados. De acordo com o levantamento, o número de transplantes de córnea no SUS recuou ao patamar do que era executado em 2013. Em 2020, auge da pandemia, a série histórica registrou o seu pior desempenho na década: 4.374 cirurgias.

Regiões

Os números mostram que, entre 2012 e 2022, a rede pública realizou cerca de 86 mil transplantes de córnea no Brasil. As cirurgias estão concentradas no Sudeste, que responde por 46% do total de procedimentos. Na sequência, aparecem Nordeste, com 25%; Sul (13%); Centro-Oeste (9%); e Norte (5%).

Estados

O estado de São Paulo contabiliza nove unidades de transplante e responde por um terço das cirurgias desse tipo no período analisado: 29,9 mil intervenções entre 2012 e 2022. Nas posições subsequentes aparecem Pernambuco (5.770), Minas Gerais (5.696), Paraná (4.946) e Ceará (4.727).

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Na outra extremidade do ranking estão Tocantins (145), Acre (237), Rondônia (569), Alagoas (625) e Paraíba (1.115). Em todo o país, 24 estados possuem pelo menos um banco de tecidos oculares na rede pública, exceto Acre, Amapá e Roraima.

Perfil

Ainda de acordo com o levantamento, o volume de transplantes no Brasil é dividido praticamente ao meio entre homens (50,7%) e mulheres (49,3%). Porém, nas regiões geográficas, essa proporcionalidade muda. Os homens são maioria entre os beneficiados no Norte (59%), Centro-Oeste (56%), Sul (53%) e Nordeste (51%). Apenas no Sudeste, a população feminina apresenta percentual ligeiramente maior, com 51% dos casos.

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Outro ponto destacado é o volume significativo de intervenções nas faixas etárias de 40 a 69 anos (39,2%) e de 20 a 39 anos (27%) o que, para o CBO, demonstra o valor social desse tipo de procedimentos. Outros grupos também são favorecidos, como idosos com mais de 70 anos (25% dos casos) e crianças e adolescentes (8,4%).

Espera

Números do SNT (Sistema Nacional de Transplantes) revelam que, atualmente, há 24.319 pacientes à espera de algum procedimento nas córneas. Em 2020, esse total já era de 16.337 e, em 2021, de 20.134. Os dados se referem a atendimentos feitos no SUS e nas redes privada e suplementar.

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O tempo de espera por um transplante de córnea, segundo o CBO, é de 13,2 meses, em média. O índice, entretanto, varia de acordo com o estado: no Pará, 26,2 meses; no Maranhão, 22,6; no Rio de Janeiro, 21,4; no Rio Grande do Norte, 18,4; e em Alagoas, 17,7.

Por outro lado, a demora registrada é menor no Ceará (1,2 mês), no Amazonas (2,2), em Santa Catarina (4,9), no Mato Grosso (6,1) e no Paraná (6,5). Para o CBO, o volume de transplantes e a celeridade no atendimento das demandas está diretamente vinculada à existência de uma rede ativa de captação de córneas em cada localidade.

A Agência Brasil pediu posicionamento do Ministério da Saúde sobre o tema e aguarda resposta.

Compartilhar maquiagem e coçar os olhos aumentam riscos de conjuntivite. Descubra como se prevenir: 

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Secreção nos olhos, dor, vermelhidão e desconforto persistentes. Os sintomas são clássicos e indicam a presença da conjuntivite — uma das doenças oculares mais diagnosticadas nos meses frios do ano
De acordo com Gustavo Takahashi, oftalmologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, a conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva — que é a parte mais externa do olho. As causas do quadro podem ser várias. — Pode ser uma inflamação de origem viral ou bacteriana, que o paciente contrai pelo contato com um objeto ou uma pessoa contaminada; e pode ter origem alérgica, causada por uma reação do organismo da pessoa a pó, ácaro, mofo, algum medicamento ou alimento [cerca de 20% da população mundial é propensa a desenvolver este tipo de alergia].
Conforme o inverno se aproxima, o tipo de conjuntivite mais detectado entre os pacientes é o de origem viral: “As transmissões dos vírus de forma geral aumentam nesta época, porque existe uma maior tendência de as pessoas se aglomerarem em locais fechados”, explica o médico 
Além disso, hábitos como coçar os olhos, compartilhar itens de maquiagem como rímel e lápis de olho ou manusear lentes de contato sem higienizá-las corretamente também favorecem as contaminações, diz o médico. — As mãos estão cheias de microrganismos e bactérias que provocam irritação ocular e podem levar até ao desenvolvimento de uma inflamação ou infecção. Para evitar as transmissões, o ideal é estar sempre com as mãos limpas. 
O tratamento, segundo o oftalmologista, depende do diagnóstico. As conjuntivites alérgicas, por exemplo, são tratadas com colírios antialérgicos. As virais, por sua vez, exigem o uso de soro fisiológico para limpeza dos olhos, compressas geladas e colírios lubrificantes [as chamadas lágrimas artificiais]
Já as conjuntivites bacterianas exigem tratamento com colírios antibióticos e, em alguns casos, remédios anti-inflamatórios. "O importante é que, diante de qualquer sintoma, a pessoa procure um médico, já que colírios são medicamentos como quaisquer outros e possuem efeitos colaterais. Não é recomendado que se faça uso desse tipo de recurso sem orientação profissional", explica o médico
Após o início do tratamento, a conjuntivite demora aproximadamente duas semanas para desaparecer por completo. Neste meio tempo, além dos colírios, o paciente pode fazer uso dos óculos de sol, mesmo em locais fechados, para minimizar o desconforto causado pela inflamação. “Os óculos escuros ajudam porque um dos sintomas comuns da doença é a maior sensibilidade à luz”, afirma Takahashi

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Secreção nos olhos, dor, vermelhidão e desconforto persistentes. Os sintomas são clássicos e indicam a presença da conjuntivite — uma das doenças oculares mais diagnosticadas nos meses frios do ano
De acordo com Gustavo Takahashi, oftalmologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, a conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva — que é a parte mais externa do olho. As causas do quadro podem ser várias. — Pode ser uma inflamação de origem viral ou bacteriana, que o paciente contrai pelo contato com um objeto ou uma pessoa contaminada; e pode ter origem alérgica, causada por uma reação do organismo da pessoa a pó, ácaro, mofo, algum medicamento ou alimento [cerca de 20% da população mundial é propensa a desenvolver este tipo de alergia].
Conforme o inverno se aproxima, o tipo de conjuntivite mais detectado entre os pacientes é o de origem viral: “As transmissões dos vírus de forma geral aumentam nesta época, porque existe uma maior tendência de as pessoas se aglomerarem em locais fechados”, explica o médico 
Além disso, hábitos como coçar os olhos, compartilhar itens de maquiagem como rímel e lápis de olho ou manusear lentes de contato sem higienizá-las corretamente também favorecem as contaminações, diz o médico. — As mãos estão cheias de microrganismos e bactérias que provocam irritação ocular e podem levar até ao desenvolvimento de uma inflamação ou infecção. Para evitar as transmissões, o ideal é estar sempre com as mãos limpas. 
O tratamento, segundo o oftalmologista, depende do diagnóstico. As conjuntivites alérgicas, por exemplo, são tratadas com colírios antialérgicos. As virais, por sua vez, exigem o uso de soro fisiológico para limpeza dos olhos, compressas geladas e colírios lubrificantes [as chamadas lágrimas artificiais]
Já as conjuntivites bacterianas exigem tratamento com colírios antibióticos e, em alguns casos, remédios anti-inflamatórios. "O importante é que, diante de qualquer sintoma, a pessoa procure um médico, já que colírios são medicamentos como quaisquer outros e possuem efeitos colaterais. Não é recomendado que se faça uso desse tipo de recurso sem orientação profissional", explica o médico
Após o início do tratamento, a conjuntivite demora aproximadamente duas semanas para desaparecer por completo. Neste meio tempo, além dos colírios, o paciente pode fazer uso dos óculos de sol, mesmo em locais fechados, para minimizar o desconforto causado pela inflamação. “Os óculos escuros ajudam porque um dos sintomas comuns da doença é a maior sensibilidade à luz”, afirma Takahashi

Secreção nos olhos, dor, vermelhidão e desconforto persistentes. Os sintomas são clássicos e indicam a presença da conjuntivite — uma das doenças oculares mais diagnosticadas nos meses frios do ano

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