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Governo vai alocar 501 médicos especialistas no SUS em mais de 200 municípios

Programa busca reduzir desigualdade no acesso à saúde e prevê bolsas de até R$ 20 mil para atuação em áreas de maior vulnerabilidade

Saúde|Luiza Marinho*, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Governo aloca 501 médicos especialistas no SUS em 212 municípios para melhorar acesso à saúde.
  • Programa visa corrigir desigualdades históricas na distribuição de profissionais em regiões como Norte e Nordeste.
  • Médicos receberão bolsas mensais de até R$ 20 mil, dependendo da vulnerabilidade da região.
  • Novo processo seletivo para 500 especialistas em Medicina de Família será lançado em outubro, com meta de 3.000 novas bolsas até 2026.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A novidade foi anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta segunda-feira (25) José Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (25) os primeiros resultados do edital voltado à ampliação da presença de especialistas no SUS (Sistema Único de Saúde). No total, 501 médicos serão alocados em 258 unidades de saúde de 212 municípios, abrangendo todas as unidades da federação.

Embora 59% dos médicos em atividade no país já sejam especialistas — proporção próxima à média internacional da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) —, regiões como Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda apresentam índices muito abaixo do patamar nacional. O programa pretende corrigir esse desequilíbrio histórico na distribuição dos profissionais.


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Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a estratégia marca um avanço em relação ao modelo tradicional de contratação.

“Se a gente for ter como única estratégia repetir aquilo que a gente sempre fez para tentar reduzir o tempo de espera para atendimento de médicos especializados no país, nós não vamos dar conta desses desafios. É preciso ousadia para acreditar que é possível pensar em coisas novas”, afirmou.


Regiões de maior vulnerabilidade

A seleção dos profissionais priorizou regiões com déficit de especialistas em relação à média nacional, localidades onde pacientes enfrentam longos deslocamentos e unidades de saúde que já dispõem de estrutura adequada, como salas cirúrgicas e equipamentos de diagnóstico.

Com isso, 336 médicos serão destinados ao interior, 129 às regiões metropolitanas, 59 à Amazônia Legal, 32 a áreas de fronteira e 138 a municípios considerados de alta vulnerabilidade.


O edital recebeu 993 inscrições. Cerca da metade foi contemplada na primeira chamada, e o restante permanece em lista de espera para convocações futuras. Entre os selecionados, 26% atuavam exclusivamente no setor privado e agora passam a integrar o SUS.

O tempo médio de formação é de 12 anos, e a maioria já possui título de especialista. As áreas mais procuradas foram ginecologia (185 inscrições), cirurgia geral (106) e anestesiologia (93).


Bolsas

Para estimular a interiorização, os médicos receberão bolsas mensais proporcionais ao nível de vulnerabilidade da região: R$ 20 mil para 138 profissionais, R$ 15 mil para 188 profissionais e R$ 10 mil para 175 profissionais.

A carga horária será de 20 horas semanais, sendo 16 horas de atendimento direto e 4 horas de mentoria.

O cronograma do edital prevê a divulgação do resultado final em 10 de setembro, com a apresentação dos médicos entre 11 e 18 do mesmo mês.

Em outubro, será lançado um novo processo seletivo com foco em 500 especialistas em medicina de família e comunidade. Além disso, até 2026 o governo pretende criar até 3.000 novas bolsas de residência médica financiadas.

*Sob supervisão de Leonardo Meireles

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