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Mortalidade infantil no Brasil cai 77% nos últimos 22 anos, aponta Unicef

No entanto, relatório da entidade alerta que crianças pobres ainda são as mais vulneráveis

Saúde|Kamilla Dourado, do R7, em Brasília

Apesar dos resultados, a representante da Unicef no Brasil, Antonella Escolaneiro, cobrou mais avanços no País
Apesar dos resultados, a representante da Unicef no Brasil, Antonella Escolaneiro, cobrou mais avanços no País

O número de crianças que morreram antes de completar cinco anos de idade reduziu em 77% no Brasil. O índice passou de 52 por 1.000 nascidos vivos em 1990 para 13 mortes em cada 1.000 crianças vivas em 2012. Segundo o relatório divulgado nesta sexta-feira (13) pela Unicef, o índice no País está acima da média global, regional e dos países de renda média.

O documento também aponta redução de 68% na mortalidade neonatal — primeiros 28 dias de vida — no País entre 1990 e 2012. A taxa caiu de 28 mortes para cada 1.000 nascidos vivos para 9, no ano passado.

Apesar dos avanços, o Brasil ocupa a posição 120 no ranking de mortalidade infantil, mesma posição que Argentina. Os estados que mais se destacaram na redução da mortalidade infantil estão na região Nordeste, com destaque para Alagoas (-83,9%), Ceará (-82,3%), Paraíba (-81%), Pernambuco (-80,9%) e Rio Grande do Norte (-79,3%).

Apesar dos resultados, a representante da Unicef no Brasil, Antonella Escolaneiro, cobrou mais avanços no País.


— Os dados apresentados precisam ser comemorados, é um número importante e representa que milhões de crianças tiveram direito de crescer. O Brasil é um dos países que mais reduziram a mortalidade infantil nos últimos anos. [...] Com esses números, tem a responsabilidade de avançar e ajudar a outros países a alcançarem o mesmo resultado.

Queda de 73% em mortalidade infantil no Brasil é destaque de relatório da Unicef


Estudo mostra que quantidade de chuva afeta mortalidade infantil

A representante chamou a atenção para os casos de mortalidade no semiárido brasileiro e na Amazônia e pediu ainda mais empenho e atenção do governo brasileiro às famílias em situação de vulnerabilidade — mais pobres.


As duas principais causas da mortalidade infantil no País são infecções e malformações, responsáveis por cerca de 50% dos óbitos. Pneumonia , desidratação e diarreia ainda são as principais causas de mortes evitáveis.

De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos três anos, o Brasil reduziu em 9% a taxa de mortalidade na infância.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reconheceu que é necessário avançar.

— São números expressivos, mas não só para comemorar, mas para servir de aprendizado, ampliar o que deu certo, consertar o que está errado e suprir as deficiências.

Prematuros

A prematuridade — crianças nascidas antes da data certa — é a principal causa dos óbitos infantis na primeira semana de vida, segundo Ministério da Saúde. Foi nesse item que o Brasil teve menor queda.

O documento da Unicef aponta redução de 68% na mortalidade neonatal – primeiros 28 dias de vida — no País entre 1990 e 2012. A taxa caiu de 28 mortes para cada 1.000 nascidos vivos para 9, no ano passado.

Segundo Padilha, é necessário ampliar o cuidado.

— O grande desafio na atenção primária, além de ampliar acesso, é melhorar a qualidade do pré-natal, qualidade da assistência ao parto e expandir leitos de UTI neonatal e pediátrica nas regiões que mais precisam. [...] Os médicos estrangeiros são parte importante, e com a experiência que tiveram em seus países, podem nos ajudar muito.

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