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Cápsula Soyuz voltará à Terra sem tripulação após acidente, avisa agência espacial russa

Meteorito causou furo de 1mm e desregulou temperatura dos três ocupantes, que estão instalados na Estação Espacial Internacional

Tecnologia e Ciência|Do R7, com AFP e Reuters

Imagem mostra o vazamento de ar provocado pelo choque com o meteorito
Imagem mostra o vazamento de ar provocado pelo choque com o meteorito Imagem mostra o vazamento de ar provocado pelo choque com o meteorito

A Roscosmos, a agência espacial russa, informou nesta quarta-feira (11) que a cápsula Soyuz, atualmente acoplada à Estação Espacial Internacional e que foi vítima de um vazamento de gás refrigerado no mês passado, deverá retornar à Terra sem tripulação. O gás tem a função de manter a temperatura amena dentro da cápsula.

"Os especialistas concluíram que a Soyuz M-22 tem que regressar à Terra sem tripulação", declarou a Roscosmos, que confirmou, num comunicado, que o vazamento foi provocado pelo "impacto" de um pequeno objeto cósmico responsável por deixar um furo de menos de 1 milímetro de diâmetro.

Três pessoas — os russos Sergei Prokopyev e Dmitry Petelin e o americano Frank Rubio — estavam na nave espacial russa Soyuz que chegou à Estação Espacial Internacional em 21 de setembro.

Com a decisão de hoje, eles vão dividir espaço com outros quatro astronautas que já estavam no local: a russa Anna Kikina, os americanos Nicole Mann e Josh Cassada, e o japonês Koichi Wakata. Isso até a Rússia mandar uma outra nave espacial para resgatar os três astronautas.

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Os quatro fazem parte da tripulação Crew-5, que chegou à ISS em outubro de 2022, a bordo de uma nave da empresa privada SpaceX, cujos serviços são contratados pela Nasa.

Resgate dos astronautas

Hoje, a Rússia anunciou que vai enviar outra nave espacial, a Soyuz-23, para a Estação Espacial Internacional a fim de resgatar os três astronautas. Essa cápsula vai viajar sem passageiros já que o espaço será ocupado pelos tripulantes que estão, provisoriamente, no espaço.

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Porém, isso só vai acontecer no dia 20 de fevereiro. Apesar do prazo, a decolagem representa um adiantamento, já que a previsão inicial era partir apenas em 16 de março de 2023.

Antes, a Nasa analisava o uso da espaçonave da SpaceX Dragon como uma alternativa para o resgate após a cápsula russa sofrer um vazamento de fluido refrigerador enquanto estava acoplada ao laboratório orbital.

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Juntas, a Nasa e a Roscosmos investigavam melhor a causa da perfuração. A nave Soyuz deveria devolver à Terra a equipe de dois cosmonautas e um astronauta dos EUA no início deste ano.

Porém, o vazamento de 14 de dezembro, que esvaziou a Soyuz de um fluido vital usado para regular a temperatura da cabine da tripulação, desestabilizou as rotinas da cápsula espacial da Rússia.

Cápsula Soyuz avariada

Em dezembro, as agências espaciais de Rússia e Estados Unidos avaliavam a gravidade do vazamento no sistema de refrigeração da nave espacial russa atracada na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Até então, não se sabia a causa do acidente.

A nave espacial Soyuz MS-22 está acoplada à ISS desde que levou os cosmonautas russos Sergei Prokopyev e Dmitry Petelin em setembro de 2022, assim como o astronauta americano Frank Rubio.

Na época do acidente, os dois russos se preparavam para uma caminhada espacial quando o sistema de alarme disparou, o que indicava uma queda na pressão do sistema de refrigeração da nave espacial, segundo um comunicado da agência espacial russa Roscosmos.

Nas imagens difundidas pela Nasa, já era possível ver claramente um jato de partículas brancas escapando no espaço, que seria o líquido refrigerante.

"A causa do vazamento poderia ser um micrometeorito", disse, na época, Sergei Krikalev, diretor de voos espaciais tripulados da Roscosmos, segundo uma nota divulgada pela agência de notícias russa Tass.

O líquido estava vazando da parte traseira da nave, atracada no segmento russo da ISS. O vazamento parou sozinho pouco tempo depois.

A caminhada espacial foi cancelada "para dar tempo de avaliar o fluido e os possíveis impactos na integridade da nave espacial Soyuz", disse a Nasa em comunicado.

"Os membros da tripulação a bordo da Estação Espacial estão a salvo e não estiveram em perigo durante o vazamento", acrescentou a agência americana.

Resgate alternativo

Os dois cosmonautas russos e o astronauta americano chegaram à ISS em 21 de setembro a bordo de um foguete russo lançado do Cazaquistão.

De acordo com a programação, eles deveriam utilizar essa mesma nave para retornar à Terra depois de seis meses, ao término de sua missão, em março de 2023. Contudo, diante do dano causado à nave, as possíveis soluções de "backup", que não foram detalhadas oficialmente, já incluíam o envio de um novo veículo.

O intercâmbio para que um cosmonauta russo voasse a bordo de uma nave americana e vice-versa foi planejado durante muito tempo e se concretizou apesar das tensões entre os dois países.

A ISS é um dos poucos campos de cooperação ainda em curso entre Moscou e Washington desde o início da invasão russa da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro, e da reação do Ocidente com a imposição de sanções econômicas.

A plataforma orbital foi lançada em 1998, em um momento de cooperação entre Estados Unidos e Rússia, após a corrida espacial em que os dois se envolveram durante os anos da Guerra Fria.

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