Elon Musk faz mudança drástica na rede social X após perder mais de R$ 121 bilhões

O bilionário afirmou que a alteração ajudará pequenos criadores de conteúdo a ter mais visualizações em suas publicações

18/11/2023 - 02h00 (Atualizado em 16/02/2024 - 00h49)

O bilionário Elon Musk anunciou uma grande mudança no algoritmo do X, antigamente chamado de Twitter, após ter perdido cerca de US$ 25 bilhões (R$ 121,8 bilhões, no câmbio atual) em um ano, em parte devido a críticas relacionadas ao conteúdo compartilhado na rede social.

O bilionário afirmou que, além de combater a disseminação de desinformação, principalmente relacionada ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, o novo sistema promete ajudar pequenos criadores de conteúdo a crescer na plataforma.

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"Uma grande atualização no algoritmo de recomendação será lançada nos próximos dias. Isso ajudará a revelar contas e postagens menores fora da sua rede de seguidores de amigos. Como sempre, será de código aberto e passará por melhorias contínuas", escreveu Musk.

Esse novo ajuste se encaixa perfeitamente no plano de seu CEO em tornar o Twitter uma plataforma de criação, à medida que criadores menores têm a oportunidade de causar maior impacto.

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Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões (por volta de R$ 220 bilhões) em outubro passado, e a empresa perdeu cerca de US$ 25 bilhões em valor desde a sua aquisição, de acordo com um relatório da revista de economia Fortune.

Como agora o X é uma empresa de capital fechado, que não negocia ações em bolsas de valores, toda perda de valor significa uma diminuição direta da fortuna pessoal do próprio Musk.

Ânsia de Musk para chegar a Marte e colonizar o espaço deixa centenas de feridos e causa morte na SpaceX

A corrida contra o tempo do bilionário Elon Musk para chegar a Marte e colonizar o espaço provoca uma onda de acidentes, com centenas de feridos, e até morte na SpaceX, a empresa de foguetes do magnata, também dono do X

Um levantamento da agência Reuters mostra que pelo menos 600 acidentes com feridos, incluindo uma morte, não foram documentados pela fabricante de foguetes de Musk. Os empregados da SpaceX dizem que eles pagam o preço pela ânsia do bilionário em chegar ao espaço numa velocidade descomunal

Florentino Rios é um exemplo desses feridos em acidentes na SpaceX. No verão de 2021, Rios trabalhava na empresa a cerca de 7,5 metros do chão, quando sinalizou para o operador do guindaste parar de se mover. O sinal com as mãos, porém, não foi atendido. O operador tentou mover uma viga após fixada, o que fez com que uma corrente se rompesse e atingisse o rosto de Rios

"Não conseguia ver mais nada. Então, gritei para o meu amigo: ‘Perdi o olho, perdi o olho’, e ele não me respondeu, porque também havia sido atingido." Rios foi para o hospital naquela noite. Dias depois, os médicos lhe disseram que ele havia perdido a visão

Ele agora está legalmente cego e não pode mais dirigir nem trabalhar na construção. A SpaceX, diz ele, deveria ter equipado a equipe com walkie-talkies e posto melhor iluminação no local. "O que vi enquanto fazia esse trabalho na SpaceX é que não era seguro o suficiente. Não foi", afirmou. Rios não é o único trabalhador da SpaceX gravemente ferido

A investigação da Reuters descobriu que a empresa desrespeitou as regulamentações e as práticas-padrão de segurança do trabalhador durante anos. Por meio de registros e entrevistas governamentais, a Reuters documentou mais de 600 feridos desde 2014. Muitos eram graves ou incapacitantes, que incluíram lacerações, ossos quebrados, mãos esmagadas e ferimentos na cabeça

Oito acidentes levaram a amputações. Um funcionário — Lonnie LeBlanc — morreu, em 2014, devido a um ferimento na cabeça, após ser arrancado de um trailer por uma rajada de vento nas instalações da SpaceX em McGregor, Texas. A SpaceX não respondeu às perguntas detalhadas da Reuters para este relatório

A empresa defendeu suas práticas de segurança em resposta às inspeções governamentais e afirma que oferece aos trabalhadores amplo treinamento de segurança. A Reuters conversou com cerca de 30 pessoas com conhecimento das práticas de segurança da SpaceX, incluindo funcionários atuais e ex-funcionários

Aliás, o próprio Musk revelou, em setembro, que "quase morreu várias vezes" testando o piloto automático da Tesla

Eles dizem que as altas taxas de lesões refletem um local de trabalho caótico. Funcionários mal treinados e cansados ignoravam rotineiramente os procedimentos básicos de segurança, enquanto corriam para cumprir os prazos agressivos de Musk para missões espaciais

Quatro funcionários disseram que o CEO, em suas visitas a uma fábrica de foguetes na Califórnia, às vezes brincava com um lança-chamas inovador que dispara uma chama espessa de 1 metro e meio de comprimento. Ele também desencorajou os trabalhadores a usarem a cor amarela, de segurança, porque odeia cores brilhantes

Em outubro, a empresa ainda anunciou um recall de quase 55 mil veículos, por causa de um defeito elétrico, que impedia que se detectasse quando o fluido de freio estava baixo

A Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA, conhecida como Osha, começou a exigir que as empresas relatassem anualmente o número total de lesões, em 2016

Seis grandes instalações da SpaceX nos EUA não enviaram relatórios durante muitos desses anos. A Reuters revisou os registros de violação da Osha na SpaceX e não encontrou sanções da agência por suas falhas no relatório de dados

Pelas violações encontradas após acidentes, a agência cobrou apenas pequenas multas. Num caso, a SpaceX pagou uma multa de US$ 7.000 (cerca de R$ 35 mil) à Osha por violações que resultaram na morte de um trabalhador. A Osha disse que recentemente intensificou o escrutínio sobre todas as empresas

A corrida contra o tempo do bilionário Elon Musk para chegar a Marte e colonizar o espaço provoca uma onda de acidentes, com centenas de feridos, e até morte na SpaceX, a empresa de foguetes do magnata, também dono do X