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Fake news pelo WhatsApp ainda é um problema na Índia

Aplicativo ainda não encontrou uma maneira eficiente de avisar usuários sobre a procedência duvidosas de mensagens e vídeos compartilhados

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

WhatsApp ainda propaga fake news na Índia
WhatsApp ainda propaga fake news na Índia WhatsApp ainda propaga fake news na Índia

A pequena vila Rainpada, na Índia, foi o local onde ocorreu um caso de linchamento motivado por fake news que circularam pelo WhatsApp em julho deste ano.

A população ficou em alerta após vídeos com cenas de crianças sendo roubadas foram compartilhados pelo aplicativo. O medo de perder filhos e netos motivou um ataque contra forasteiros que passavam pela região.

Foram mortos 5 homens que a população supostamente identificou como autores dos casos de sequestro que circulavam pela rede.

A vila tem uma das taxas mais baixas de alfabetização na Índia. Apenas 63% da população de Rainpada sabe ler e escrever, mas essas pessoas utilizam o WhatsApp como principal fonte de informação por meio de vídeos. O aplicativo é mais popular no país do que o Gmail e o YouTube, por exemplo.

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Depois do linchamento

Segundo informações publicados pelo BuzzFeed, a vila de Rainpada teve uma queda no número de moradores após as mortes por linchamento. Muitas pessoas foram embora com medo da repressão policial após vídeos do crime serem divulgados nas redes sociais.

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A fuga teve impacto também na pequena economia local. A diminuição da mão de obra disponível para trabalhar no campo fez os salários aumentarem. Em alguns casos, os patrões precisaram buscar funcionários nas vilas vizinhas.

Reação do Facebook

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O popular aplicativo de troca de mensagens pertence ao fundador do Facebook, Mark Zuckerberg. A empresa anunciou algumas medidas para tentar barrar a propagação de fake news na Índia, mas nenhuma realmente efetiva.

O WhatsApp passou a permitir o compartilhamento de mensagens para no máximo 5 pessoas e desativou um recurso que facilitava o encaminhamento de mensagens.

Uma outra proposta de solução foi criação de uma etiqueta que indica que uma mensagem foi encaminhada a partir de outra conversa. Porém, a nova função está presente apenas nas versões mais recentes do app. Como os moradores dessas aldeias afastadas costumam utilizar celulares mais antigos, o encaminhamento de mensagens segue sem qualquer alteração.

As autoridades locais, porém, pedem que seja criada uma maneira de rastrear a origem das mensagens para conseguir identificar os responsáveis pelos boatos. O aplicativo utiliza criptografia de ponta a ponta para garantir a privacidade dos usuários e torna impossível violar o conteúdo compartilhado.

Fonte confiável

As fake news conseguem se espalhar com muita facilidade porque são repassadas por pessoas próximas e conhecidas do usuário.

As mensagens que alertavam sobre os casos de crianças sequestradas foram compartilhadas por amigos e familiares em grupos fechados do WhatsApp. Esses elementos davam uma certa credibilidade para que vídeos e mensagens fossem reencaminhados.

Por ser uma suposta fonte confiável, as pessoas não tentavam confirmar as informações. Um dos vídeos que que circulou pelos celulares do vilarejo, porém, não eram nem de imagens feitas na Índia.

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