Primeiros humanos modernos tiveram parentes neandertais próximos
Tecnologia e Ciência|Do R7
Londres, 22 jun (EFE).- Os primeiros humanos modernos na Europa tiveram um antepassado neandertal que pode ter vivido apenas "quatro ou seis gerações" antes, publicou nesta segunda-feira a revista britânica "Nature". A pesquisa, desenvolvida pela Escola Médica da Universidade de Harvard (Estados Unidos), chegou a essa conclusão após analisar o DNA do maxilar de restos mortais de um humano moderno encontrados em uma caverna no sudoeste da Romênia. Ao comparar o material genético dos neandertais com o dos primeiros seres humanos, os cientistas obtiveram novas evidências que confirmam que as duas espécies coexistiram e que se cruzaram antes do que se pensava até agora. Os humanos modernos se estenderam pelo continente europeu entre 45.000 e 35.000 anos atrás, enquanto os neandertais foram extintos. No entanto, lembram os pesquisadores, os primeiros seres humanos modernos na Europa, aqueles que não procediam da África, conservam em torno de 3% do DNA dos neandertais. Em consequência, os primeiros humanos modernos se misturaram com os neandertais, apesar de "o onde e o como" isto ocorreu seja "menos claro", segundo os cientistas. Para este estudo, os pesquisadores extraíram informações genéricas de um grupo de fragmentos cranianos identificado como Oase 1, que consiste em uma mandíbula que tinha entre 37.000 e 42.000 anos. Segundo as análises, Oase 1 conserva entre 6% e 9,4% do DNA dos neandertais, mais do que qualquer outro humano moderno estudado até o momento. A pesquisa também determinou que, do ponto de vista genético, Oase 1 tem mais similaridades com os atuais humanos na Ásia Oriental e com os nativos do continente americano do que com os europeus atuais. Esta descoberta, somada às provas oferecidas pela arqueologia, sugere que Oase 1 fez parte de um grupo de humanos que se misturaram com os neandertais, mas que, no entanto, não contribuiu para o desenvolvimento dos europeus modernos. EFE ln-ja/id