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Os casos em que o roubo do celular leva a prejuízos financeiros que vão além do valor do aparelho estão cada vez mais comuns. Os criminosos aproveitam os aplicativos bancários para fazer transferências via Pix, comprar pela internet e até contratar empréstimos. O R7 conversou com especialistas no assunto e lista dicas para diminuir os riscos e dificultar as ações dos ladrões
*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques
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1. Evite usar SMS como forma de recuperação da senha
Muitas vezes, a pessoa que roubou o celular abre o aplicativo bancário e realiza um processo de “recuperação da senha”. A partir disso, ela pode receber um email ou SMS com código para completar o processo
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Guilherme Alves e Manu Halfeld, especialistas da SaferNet Brasil, explicam que, com a posse do aparelho, o ladrão consegue acesso às informações de recuperação e redefine a senha de utilização. A orientação nesse caso é usar um email que não esteja registrado no aparelho para o procedimento
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2. Exclua aplicativos e arquivos desnecessários
Os especialistas também recomendam fazer uma faxina periódica no seu telefone, excluindo aplicativos e arquivos desnecessários. “Nunca salve em aplicativos de notas informações como senhas e número de cartão de crédito, e evite deixar disponíveis no telefone fotos ou vídeos íntimos”, afirmam
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No caso de aplicativos financeiros, a recomendação é deixar no celular apenas o que for essencial no dia a dia. Além disso, é importante configurar os limites de transferência bancária para valores baixos. Esse procedimento pode ser feito pelo próprio aplicativo ou com a ajuda do gerente
Maria Cunha/R7
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Outra opção é optar por configurar os aplicativos financeiros em um telefone antigo que esteja em casa ou que seja pouco usado
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3. Coloque senha no chip da operadora ou tenha um e-SIM
Segundo os especialistas, é comum que os ladrões retirem o chip do celular e o coloquem em outro aparelho desbloqueado, para poder solicitar os mecanismos de recuperação de senha. “Uma forma de impedir que isso aconteça é utilizar uma senha no chip do celular, que passa a ser exigida toda vez que o aparelho for reiniciado ou ligado”, explicam. Assim, caso a senha incorreta seja inserida várias vezes pelo invasor, o chip é bloqueado
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Para realizar a medida de proteção no Android, acesse Configurações > Segurança > Bloqueio do cartão SIM. Para ativar a senha, será exigido o PIN padrão do seu chip, que pode ser encontrado no cartão que a operadora entrega junto ao chip no momento da aquisição. O PIN padrão deve ser alterado para uma senha da sua escolha
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No iPhone, acesse Ajustes > Celular > Pin do SIM. Insira o PIN padrão e realize a redefinição do PIN. Para saber o PIN padrão da sua operadora, verifique o cartão que vem junto com o chip ou entre em contato com a operadora
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Já o e-SIM é um chip virtual, ou seja, não é necessário inserir no aparelho e portanto não pode ser retirado. Alguns telefones, como iPhones mais recentes, possuem essa tecnologia, que pode ser ativada junto à operadora e que facilita o bloqueio do número de telefone em caso de roubo ou furto
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4. Saiba qual é seu código IMEI
O IMEI é um registro de identificação próprio do aparelho telefônico, uma espécie de documento de identidade único de cada celular. Ele normalmente vem registrado na caixa do aparelho, em um adesivo branco
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O IMEI também pode ser obtido, tanto em aparelhos Android como nos iOS, discando*#06#. Outra forma de descobrir o código é clicando na seção “Sobre o telefone”, dentro das Configurações
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A recomendação é que o IMEI seja anotado de forma preventiva, pois, em caso de furto ou roubo, ele pode ser utilizado para entrar em contato com a operadora e solicitar o bloqueio do uso do telefone para ligações ou acesso a redes 3G/4G — embora ainda seja possível usar a internet por Wi-Fi
Montagem R7
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5. Crie uma senha difícil para desbloqueio do seu telefone
A sugestão é optar sempre que possível por senhas difíceis e diferentes para suas redes sociais e aplicativos, preferindo uma senha alfanumérica, que misture letras e números. Para salvar essas senhas, opte por um gerenciador de senha, preferindo os aplicativos dedicados, como 1Password e Lastpass, e evitando salvar diretamente no navegador
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Também se deve evitar usar o desbloqueio por padrão de tela. Se o celular tiver um sensor biométrico, ele pode ser usado para facilitar no dia a dia. Evite usar o reconhecimento de face, a não ser que seu telefone tenha um sensor específico, como é o caso dos iPhones
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Outra dica é configurar o tempo de bloqueio automático da tela para o mínimo possível. Isso pode se ajustado nas configurações do próprio celular
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6. Impeça que seja possível desligar o Wi-Fi ou o 3G do celular
Os especialistas da SaferNet Brasil explicam que, ao fazer isso, você impede o controle de acesso ao Wi-Fi e às redes móveis quando o celular estiver bloqueado, o que pode auxiliar o uso de ferramentas de rastreamento do dispositivo, que dependem do acesso à internet
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No Android, acesse Configurações > Tela de Bloqueio > Configurações da Tela de loqueio > Insira sua senha > Ative a opção “Bloquear Rede de Segurança”. Esse caminho pode variar de acordo com o fabricante
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No iPhone, acesse Ajustes > Touch/Face ID e Código e role a tela para baixo até a opção “Permitir acesso quando bloqueado”. Desmarque a opção “Central de Controle”. Caso não encontre a opção, verifique com o fabricante do celular se essa configuração está disponível no celular
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7. Baixe aplicativos de verificação de segurança
A verificação em duas etapas é uma maneira eficaz de proteger o acesso indevido a informações, já que cria uma dupla camada de proteção, solicitando código ou senha para acesso à conta
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Guilherme e Manu indicam aplicativos como o Authy, que é gratuito e possui controle de senha para acesso. “É possível, ainda, manter acesso ao sistema de autenticação em um dispositivo confiável, como um computador pessoal, o que permitirá a você maior controle de suas contas mesmo que seu celular tenha sido furtado ou roubado”, completam
Montagem R7
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Ao configurar a verificação em duas etapas em suas contas, códigos de backup único serão enviados para que seja possível acessar os apps. Eles devem ser guardados de forma segura e fora do celular, pois poderão ser usados em caso de perda do aparelho para obter novamente acesso às contas
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