Marcos do Val depõe à PF sobre reunião com Bolsonaro para planejar suposto golpe de Estado
Senador é ouvido novamente nesta quarta após ex-presidente ter prestado depoimento na semana passada
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) depõe na sede da Polícia Federal, em Brasília, no inquérito que apura um suposto plano para a realização de um golpe de Estado. O parlamentar chegou ao prédio da corporação às 13h45, e o depoimento começou por volta das 14h. O parlamentar é investigado por uma reunião com Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), em dezembro de 2022. O ex-presidente foi ouvido pelos investigadores na quarta-feira da semana passada (12).
O próprio parlamentar divulgou, em fevereiro deste ano, que Bolsonaro o teria coagido a orquestrar o suposto golpe. O ex-presidente afirmou em depoimento na semana passada que não participou do plano, mas confirmou ter havido a reunião.
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Bolsonaro foi citado pelo senador em 1º de janeiro deste ano durante a transmissão de uma live na internet. O ex-presidente, por sua vez, afirmou em depoimento na quarta-feira (12) que não tomou parte no plano para gravar Moraes.
Bolsonaro negou envolvimento
O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou novo depoimento à Polícia Federal nessa quarta-feira (12). Bolsonaro nega qualquer tipo de envolvimento.
A ação investiga uma suposta reunião denunciada pelo senador Marcos do Val, onde teria sido discutido um plano para grampear o ministro Alexandre de Moraes e obter provas para anular a eleição. Bolsonaro nega qualquer tipo de envolvimento.
Segunda tentativa
Em junho, Marcos do Val foi alvo de mandados de busca e apreensão por tentativa de obstrução da Justiça. O senador afirmou na época que estava sendo "perseguido" pelo ministro Alexandre de Moraes e pelo ministro da Justiça, Flávio Dino. O senador disse que já aguardava uma ação policial. "Já estava esperando, mas não no meu aniversário."
A PF agendou um depoimento para Do Val falar sobre esse caso, mas ele não compareceu. A determinação para o novo depoimento é do ministro Alexandre de Moraes. Depois da ação da polícia, o senador apresentou um atestado e se afastou das atividades parlamentares.