A casa de um bombeiro foi atacada e veículos foram incendiados no nono dia de ataques em Santa Catarina. Os ataques foram registrados em Itajaí, Navegantes, Joinville, Brusque, Bom Retiro, Florianópolis e Garuva. Segundo o último balanço divulgado, na manhã desta quinta-feira (7), pela Polícia Militar do Estado, desde o início dos ataques na quarta-feira (30) da semana passada até hoje, foram registrados 73 atentados em 23 cidades. Um suspeito morreu em confronto e trinta já foram detidos, entre eles oito adolescentes. Na última noite, foram registrados oito ataques.
Dois homens em uma moto atiraram doze vezes contra a casa de um bombeiro em Itajaí. De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime ocorreu antes das 22h desta quarta-feira (6), no bairro São Vicente. Ninguém ficou ferido.
Em nota, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina negou, porém, que o ataque tivesse sido feito a uma casa de um integrante da corporação.
Um ferro-velho de Navegantes, foi incendiado por volta de 23h50. Segundo a PM, testemunhas viram três homens em um carro fugindo do local. Três carros foram queimados e ninguém ficou ferido.
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Um caminhão foi incendiado em Joinville. O crime aconteceu por volta da 0h40 desta quinta-feira (7), no bairro Vila Nova. A cabine ficou totalmente destruída. Ninguém foi preso.
Dois veículos foram incendiados nesta madrugada em Brusque. De acordo com a PM, por por volta da 1h, o microônibus de uma autoescola foi incendiado em frente a um estádio de futebol. O fogo atingiu o interior do veículo. Próximo foi encontrado um galão de água de 5l com restos de gasolina. Ninguém foi preso.
Mais de uma hora depois, por volta das 2h20, um carro foi incendiado no bairro Azambuja. Homens em três motos jogaram pedras, quebraram o vidro e colocaram fogo no veículo. Moradores apagaram o fogo. Esta foi a primeira vez que o município de Brusque registrou atentados.
As cidades de Bom Retiro e Garuva também foram atacadas pela primeira vez. Por volta da 1h20, um ônibus de uma empresa privada foi incendiado em Bom Retiro. O crime foi nas margens da BR 282, em frente à uma churrascaria. Testemunhas viram dois homens em uma moto saindo do local. Parte do coletivo e parte da cobertura da churrascaria foram destruídas pelas chamas.
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Um pouco antes das 2h, um artefato inflamável foi atirado no carro de um cabo da Polícia Militar em Florianópolis, capital do Estado. Com ajuda de vizinhos, ele conseguiu controlar o fogo. O vidro foi quebrado e parte do veículo ficou danificada. Um suspeito foi preso.
Um policial militar foi baleado por volta da 1h, mas a PM afirma que o caso não está relacionado com os atentados ocorridos no Estado. Segundo a Polícia Militar de Santa Catarina, um carro furou um bloqueio policial em Palhoça. Os agentes atiraram no veículo e uma das balas ricocheteou e atingiu a perna de um dos agentes que estava na blitz. Ele foi levado ao Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, e passa bem. Um suspeito foi detido pela polícia.
Entenda o caso
Santa Catarina vive a segunda onda de violência dos últimos meses. A primeira foi em novembro do ano passado. Os novos ataques começaram no dia 30 de janeiro. O Estado voltou a registrar ônibus, viaturas das polícias Militar e Civil, e veículos particulares incendiados. Bases da PM e delegacias também foram atacadas com tiros ou coquetéis molotovs.
O número de cidades em Santa Catarina que registraram ataques supostamente feitos por uma facção que atua no Estado já supera o verificado em 2012, ano em que a série de atentados começou. Até as 7h desta quinta-feira (7), a Polícia Militar havia confirmado 73 ataques.
As ocorrências foram registradas em 23 municípios: Florianópolis, Blumenau, Criciúma, Itajaí, Navegantes, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Tubarão, Laguna, Araquari, Indaial, Brusque, Joinville, Gaspar, São José, Ilhota, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Chapecó, Bom Retiro e Garuva.
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O motivo teria relação com maus-tratos a detentos, assim como aconteceu em novembro. Um vídeo gravado em um presídio de Joinville mostrou presos sendo torturados por agentes penitenciários. O policiamento foi reforçado em todas as regiões.
Assista ao vídeo:
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