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Sete anos depois, jornalista que foi exposta por ex como prostituta na web ainda tenta se recuperar

Homem foi condenado a quase dois anos de prisão e indenização de R$ 30 mil

Cidades|Do R7

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A jornalista Rose Leonel teve a vida destruída depois que o ex-namorado publicou fotos íntimas dela na internet. Eles estavam juntos havia quatro anos e a vingança aconteceu quando ela decidiu terminar o relacionamento. O caso ocorreu em janeiro de 2006 e Eduardo Gonçalves da Silva foi condenado a um ano e 11 meses de prisão, além de R$ 30 mil de indenização. Dinheiro que Rose nunca recebeu e uma pena que ela considera irrisória.   — Era uma fantasia dele fotografar e filmar nossas relações. Depois de dois anos, acabei cedendo. Eu não sabia, mas dormia com o inimigo. Foi um assassinato e me considero sobrevivente de tudo isso. Todos os dias essas fotos ressurgem e preciso criar forças para tocar a vida.   A repercussão foi tanta, que Rose contratou um perito particular para ajudar a remover parte do material. Segundo o perito Wanderson Castilho, eram mais de sete milhões de sites com fotos da jornalista. O homem a anunciava como garota de programa e colocava os telefones pessoais dela para contato. Rose recebia mais de 500 ligações por dia de homens interessados nas divulgações Texto e entrevista: Sylvia Albuquerque, do R7
Rose ainda não conseguiu medir o tamanho do estrago que a situação teve em sua vida. Ela perdeu o emprego na época, a filha foi agredida na escola e o outro filho precisou ir morar fora do País para escapar das retaliações. Todos sabiam e as agressões verbais eram constantes. Sete anos após o ocorrido, ela ainda não conseguiu se relacionar com mais ninguém   — Eu sinto que ele é doente. Quis terminar o namoro porque ele brigava demais com os meus filhos. Não queria me casar com alguém que apresentava problemas com as crianças. Hoje, depois de tudo isso, eu preciso praticar diariamente o perdão em relação a ele e só a fé em Deus é capaz de me manter viva
Eduardo Gonçalves da Silva foi condenado em primeira instância em junho de 2010. Ele recorreu da decisão judicial e pediu para cumprir a pena com serviços sociais. A 4ª Vara Criminal de Maringá (PR) decidiu, em 2011, que ele substitua a pena por serviços sociais e pague R$ 1.200,00 à vítima, mensalmente. Rose luta para que o valor seja corrigido e alega que não recebeu nenhum dinheiro ainda
O perito Wanderson Castilho afirma que quase 90% das imagens foram removidas da internet, mas que é impossível impedir que elas retornem. Rose e ele procuraram juntos um deputado para pedir um projeto de lei que especifique o crime praticado na internet. Segundo a jornalista, a lei é branda com crimes virtuais.   — Quem sofre de crime praticado na internet, sofre para sempre. Não tem fim. As minhas fotos não param de aparecer e vai ser assim para o resto da vida. Eu defendo uma pena maior para quem causar um estrago desses na vida de alguém
Rose criou uma ONG para ajudar mulheres que também tenham sido vítimas de crimes virtuais. A instituição chama Marias da Internet. A jornalista procura apoio voluntário.   — Estamos começando sem o apoio de ninguém e peço ajuda de profissionais para o trabalho voluntário, como advogados e psicólogos. Eu quero ajudar quem já passou pelo mesmo problema que eu. Fui vítima, fiz pelo amor e só quero ser feliz
A jornalista trabalha como apresentadora de TV e conta que ao longo desses anos as agressões foram diminuindo. Ela acompanhou a história da jovem de 19 anos que teve vídeos divulgados em que aparece mantendo relações sexuais com um homem. A mulher registrou um boletim de ocorrência em Goiânia, no dia 4 de outubro. Rose afirma que é impossível não fazer comparações. — Eu sei exatamente o que ela sentiu, o que ela passou e está passando. Um pesadelo que vai durar muitos anos. Mas precisamos ter fé em Deus. Eu sonho em me casar um dia, ser feliz, mas acho que nunca mais vou conseguir confiar em mais ninguém

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A jornalista Rose Leonel teve a vida destruída depois que o ex-namorado publicou fotos íntimas dela na internet. Eles estavam juntos havia quatro anos e a vingança aconteceu quando ela decidiu terminar o relacionamento. O caso ocorreu em janeiro de 2006 e Eduardo Gonçalves da Silva foi condenado a um ano e 11 meses de prisão, além de R$ 30 mil de indenização. Dinheiro que Rose nunca recebeu e uma pena que ela considera irrisória.   — Era uma fantasia dele fotografar e filmar nossas relações. Depois de dois anos, acabei cedendo. Eu não sabia, mas dormia com o inimigo. Foi um assassinato e me considero sobrevivente de tudo isso. Todos os dias essas fotos ressurgem e preciso criar forças para tocar a vida.   A repercussão foi tanta, que Rose contratou um perito particular para ajudar a remover parte do material. Segundo o perito Wanderson Castilho, eram mais de sete milhões de sites com fotos da jornalista. O homem a anunciava como garota de programa e colocava os telefones pessoais dela para contato. Rose recebia mais de 500 ligações por dia de homens interessados nas divulgações Texto e entrevista: Sylvia Albuquerque, do R7
Rose ainda não conseguiu medir o tamanho do estrago que a situação teve em sua vida. Ela perdeu o emprego na época, a filha foi agredida na escola e o outro filho precisou ir morar fora do País para escapar das retaliações. Todos sabiam e as agressões verbais eram constantes. Sete anos após o ocorrido, ela ainda não conseguiu se relacionar com mais ninguém   — Eu sinto que ele é doente. Quis terminar o namoro porque ele brigava demais com os meus filhos. Não queria me casar com alguém que apresentava problemas com as crianças. Hoje, depois de tudo isso, eu preciso praticar diariamente o perdão em relação a ele e só a fé em Deus é capaz de me manter viva
Eduardo Gonçalves da Silva foi condenado em primeira instância em junho de 2010. Ele recorreu da decisão judicial e pediu para cumprir a pena com serviços sociais. A 4ª Vara Criminal de Maringá (PR) decidiu, em 2011, que ele substitua a pena por serviços sociais e pague R$ 1.200,00 à vítima, mensalmente. Rose luta para que o valor seja corrigido e alega que não recebeu nenhum dinheiro ainda
O perito Wanderson Castilho afirma que quase 90% das imagens foram removidas da internet, mas que é impossível impedir que elas retornem. Rose e ele procuraram juntos um deputado para pedir um projeto de lei que especifique o crime praticado na internet. Segundo a jornalista, a lei é branda com crimes virtuais.   — Quem sofre de crime praticado na internet, sofre para sempre. Não tem fim. As minhas fotos não param de aparecer e vai ser assim para o resto da vida. Eu defendo uma pena maior para quem causar um estrago desses na vida de alguém
Rose criou uma ONG para ajudar mulheres que também tenham sido vítimas de crimes virtuais. A instituição chama Marias da Internet. A jornalista procura apoio voluntário.   — Estamos começando sem o apoio de ninguém e peço ajuda de profissionais para o trabalho voluntário, como advogados e psicólogos. Eu quero ajudar quem já passou pelo mesmo problema que eu. Fui vítima, fiz pelo amor e só quero ser feliz
A jornalista trabalha como apresentadora de TV e conta que ao longo desses anos as agressões foram diminuindo. Ela acompanhou a história da jovem de 19 anos que teve vídeos divulgados em que aparece mantendo relações sexuais com um homem. A mulher registrou um boletim de ocorrência em Goiânia, no dia 4 de outubro. Rose afirma que é impossível não fazer comparações. — Eu sei exatamente o que ela sentiu, o que ela passou e está passando. Um pesadelo que vai durar muitos anos. Mas precisamos ter fé em Deus. Eu sonho em me casar um dia, ser feliz, mas acho que nunca mais vou conseguir confiar em mais ninguém

A jornalista Rose Leonel teve a vida destruída depois que o ex-namorado publicou fotos íntimas dela na internet. Eles estavam juntos havia quatro anos e a vingança aconteceu quando ela decidiu terminar o relacionamento. O caso ocorreu em janeiro de 2...

A jornalista Rose Leonel teve a vida destruída depois que o ex-namorado publicou fotos íntimas dela na internet. Eles estavam juntos havia quatro anos e a vingança aconteceu quando ela decidiu terminar o relacionamento. O caso ocorreu em janeiro de 2006 e Eduardo Gonçalves da Silva foi condenado a um ano e 11 meses de prisão, além de R$ 30 mil de indenização. Dinheiro que Rose nunca recebeu e uma pena que ela considera irrisória.   — Era uma fantasia dele fotografar e filmar nossas relações. Depois de dois anos, acabei cedendo. Eu não sabia, mas dormia com o inimigo. Foi um assassinato e me considero sobrevivente de tudo isso. Todos os dias essas fotos ressurgem e preciso criar forças para tocar a vida.   A repercussão foi tanta, que Rose contratou um perito particular para ajudar a remover parte do material. Segundo o perito Wanderson Castilho, eram mais de sete milhões de sites com fotos da jornalista. O homem a anunciava como garota de programa e colocava os telefones pessoais dela para contato. Rose recebia mais de 500 ligações por dia de homens interessados nas divulgações Texto e entrevista: Sylvia Albuquerque, do R7

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