Após bater menor valor da história, rendimento das famílias cresce 7% e alcança R$ 1.586 em 2022
Número de beneficiários que receberam o Auxílio Brasil justifica recuperação dos rendimentos, explica IBGE
Economia|Do R7
O rendimento médio mensal domiciliar do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.533 em 2022, valor 6,9% superior ao apurado no ano anterior, quando havia atingido o menor valor da série histórica (R$ 1.484), após dois anos de quedas durante a pandemia de Covid-19.
A alta revelada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é justificada pela criação do Auxílio Brasil, que beneficioumais de 20 milhões de famílias. Com a movimentação, a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita subiu 7,7% e alcançou R$ 339,6 bilhões.
A região Nordeste segue com menor rendimento médio mensal domiciliar per capita, de R$ 1.011), enquanto a Sul segue com o maior (R$ 1.927), mostram os números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Rendimento de Todas as Fontes.
As regiões Sudeste (de R$ 1.804 para R$ 1891), Norte (de R$ 940 para R$ 1.096) e Centro-Oeste (R$ 1.678 para R$ 1857) também apresentaram crescimento valor do rendimento médio mensal domiciliar.
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Considerando-se o rendimento domiciliar per capita da população, a participação do rendimento de “todos os trabalhos” era de 74,5% e a de “outras fontes”, de 25,5%. Dentro dos segmentos, 18,1% iam para “aposentadoria e pensão”, 1,9% para “aluguel e arrendamento”, 0,9% para “pensão alimentícia, doação e mesada de não-morador” e 4,6% para “outros rendimentos”.
Benefícios sociais
Entre os destaques para o aumento das remunerações, o IBGE explica que as mudanças na política de concessão do Auxílio Emergencial fizeram com que voltasse a aumentar o percentual de domicílios com alguém que recebia o Bolsa Família (8,6%) e se reduzisse a proporção dos que recebem outros programas sociais (15,4%).
Já em 2022, a interrupção do pagamento do auxílio emergencial e a criação do Auxílio Brasil ajudam a explicar parte do aumento percentual de domicílios recebendo este programa (16,9%) e a redução na categoria “outros programas sociais” para 1,5%.
“A categoria de outros programas sociais, que incluía o Auxílio Emergencial, retornou ao seu patamar histórico de menos de 2% na Pnad. Já na rubrica onde captávamos o Bolsa Família e onde é captado o Auxílio Brasil neste ano, se compararmos com o pré-pandemia, podemos ver que a proporção de pessoas beneficiadas aumentou de 14,3% em 2019 para 16,9% em 2022”, explica Alessandra Brito, analista da pesquisa.