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BC derruba taxa básica de juros ao menor nível desde maio de 2013

Decisão unânime cortou a Selic em 1 ponto percentual, para 8,25% ao ano

Economia|Do R7

Decisão atende expectativas do mercado financeiro
Decisão atende expectativas do mercado financeiro

O Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), manteve o ritmo e decidiu nesta quarta-feira (26) pelo oitavo corte seguido da taxa básica de juros da economia brasileira. O veredito, tomado após dois dias de reuniões, cortou a Selic novamente em 1 ponto percentual, para 8,25% ao ano, menor patamar desde maio de 2013.

A sequência de oito baixas consecutivas da Selic não era vista na economia nacional desde outubro de 2012, quando a taxa chegou ao patamar de 7,25% ao ano após o processo de 10 cortes seguidos, iniciado em agosto de 2011, quando a taxa figurava em 12,5% ao ano.

Nova taxa de juros altera rendimento da poupança

O veredito de reduzir novamente a Selic em 1 ponto percentual foi tomado mais uma vez por unanimidade. Além do presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn, votaram a favor do corte Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel.


Em nota, o Copom afirma que o corte leva em consideração que o conjunto de indicadores de atividade econômica "mostra sinais compatíveis com a recuperação gradual da economia brasileira". O grupo também avalia que o cenário externo e a inflação têm se mostrado favorável.

"O Comitê entende que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural", afirma o Copom.


A decisão anunciada nesta quarta-feira seguiu as expectativas do mercado financeiro, que apostava em um novo corte de exatamente 1 ponto percentual nos juros. Os economistas consultados semanalmente pelo BC apostam que os juros básicos da economia devem terminar 2017 no patamar de 7,25% ao ano.

Agora, o BC divulga a ata da reunião na terça-feira da semana que vem (12), com as explicações detalhadas das motivações que levaram à decisão.


Juros básicos

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. Isso acontece porque os juros mais altos fazem o crédito ficar mais caro, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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