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Dólar fecha sexta a R$ 3,23, com alta de 0,61% após intervenção do BC no câmbio

Moeda norte-americana sofreu em junho a maior queda em 13 anos, o que levou à ação do BC

Economia|

Moeda deve permanecer próxima a R$ 3,20 nas próximas sessões
Moeda deve permanecer próxima a R$ 3,20 nas próximas sessões Moeda deve permanecer próxima a R$ 3,20 nas próximas sessões

O dólar fechou em alta frente ao real nesta sexta-feira (1º), mas marcou a quinta semana consecutiva de perdas, após o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, indicar que a autoridade monetária deve continuar fazendo intervenções no mercado cambial.

Neste pregão, o BC atuou pela primeira vez sob a batuta de Ilan, por meio de leilão de swap cambial reverso — equivalente à compra futura de dólares — anunciado após a moeda norte-americana cair fortemente nos últimos dias.

O dólar avançou 0,61%, a R$ 3,2328 na venda, após chegar a R$ 3,1966 na mínima do pregão. Ainda assim, acumulou baixa de 4,35% na semana e de 10,47% em cinco semanas.

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A moeda norte-americana havia despencado 11,05% só em junho, a maior queda mensal em 13 anos, aproximando-se do patamar de R$ 3,20. O dólar futuro subia cerca de 0,60% no fim desta tarde.

"Ilan veio a público para forçar o câmbio a corrigir exageros, deixar claro que está de olho", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

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Em entrevista ao Valor PRO, Ilan diz que foram abertas as condições internacionais e domésticas para reduzir os estoques de swaps cambiais tradicionais — correspondentes à venda futura de dólares — e que seu objetivo era manter o regime de câmbio flutuante. Disse ainda que, nas economias emergentes, as flutuações do câmbio não são "puras".

O BC realizou nesta sessão o primeiro leilão de swaps reversos desde 18 de maio, vendendo o lote total de até mil contratos. A ausência dessa estratégia, até então, gerou entre investidores a percepção de que Ilan estaria mais disposto a tolerar cotações do dólar mais baixas do que seu antecessor, Alexandre Tombini.

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Alguns operadores cogitavam que o BC de Tombini poderia ter como objetivo proteger as exportações da queda do dólar.

Tombini fez uso intenso de swaps reversos para diminuir a exposição cambial do BC, com o estoque de swaps tradicionais caindo de mais de US$ 100 bilhões no ano passado para pouco mais de US$ 60 bilhões agora.

A operação desta sessão equivaleu a compra futura de US$ 500 milhões.

"Ao que tudo indica, não se trata de defesa de nível ou sinalização de piso (para a cotação), mas apenas a cumprimento do que Illan tem sinalizado quanto ao desmonte gradual da exposição cambial... bem como ao natural controle de excessos no mercado cambial", escreveram analistas da corretora H. Commcor em nota a clientes.

Pela manhã, o dólar chegou a recuar com alguma força, embalado pela expectativas de estímulos monetários no resto do mundo. Esse movimento perdeu força ao longo do dia nos mercados externos, porém, com o dólar apresentando desempenho misto no fim desta tarde.

Os mercados norte-americanos não abrirão na segunda-feira devido ao feriado do Dia da Independência.

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