Economia deve ter tido "uma parada" no 3º trimestre, diz Mantega
Pesquisa Reuters aponta contração de 0,2% em relação ao segundo trimestre deste ano
Economia|Do R7

A economia brasileira deve ter tido "uma parada" no terceiro trimestre, mas caminha na direção de crescimento maior, afirmou na segunda-feira (2) o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
— Ainda não sabemos os números do terceiro trimestre, mas deduzimos que a economia deu uma parada para compensar o número forte de crescimento do segundo trimestre... para voltar a crescer no quarto trimestre.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgará nesta terça-feira (3) os dados do PIB (Produto Interno Bruto) para o terceiro trimestre. Pesquisa Reuters aponta contração de 0,2% em relação ao segundo trimestre deste ano, quando o PIB teve alta de 1,5%.
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Mantega classificou o ano de 2013 como "difícil e desafiador", citando o nível alto de inflação, o "compreensível" mau humor dos mercados e a perspectiva de corte no estímulo monetário dos Estados Unidos.
O Federal Reserve, banco central norte-americano, compra atualmente 85 bilhões de dólares em ativos por mês e parte desses recursos tende a migrar para mercados emergentes em busca de rendimentos elevados.
A crescente expectativa de redução desse programa tem alimentando preocupações com a possibilidade de fuga de capitais de países em desenvolvimento e fortalecido o dólar em escala global.
No entanto, o ministro afirmou que os investimentos voltaram a crescer em 2013, apontando na direção da retomada do crescimento do país, e destacou que o programa de concessões de logística e infraestrutura e do pré-sal também deve promover a economia.
A Odebrecht Transport venceu na semana passada o leilão da BR-163 (MT), com investimentos previstos de 4,6 milhões de reais durante os 30 anos da concessão.
O governo corre para realizar outros três leilões de estradas federais até o fim de 2013, somando-se às concessões de aeroportos, rodovias e de exploração de petróleo já concedidas neste ano.
Mantega lembrou ainda que a política de desonerações do governo, apesar de ter tido impacto negativo sobre as contas públicas, tende a melhorar a competitividade da economia brasileira, aliada ao recente fortalecimento do dólar ante o real.
— Com o câmbio mais competitivo e a política de desonerações que promovemos nos últimos anos, nossas empresas estão bem mais preparadas para aproveitar a retomada do comércio mundial.
O setor público brasileiro registrou superávit primário de 6,188 bilhões de reais em outubro, pior resultado para esse mês e muito aquém das expectativas.















