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Estimulada por "impulso", classe média gasta 15% a mais do que ganha

Inadimplência está mais ligada aos hábitos dos compradores do que ao tamanho do orçamento

Economia|Joyce Carla, do R7

A cada dez brasileiros, oito não fazem controle de suas finanças
A cada dez brasileiros, oito não fazem controle de suas finanças A cada dez brasileiros, oito não fazem controle de suas finanças

Boa parte dos consumidores brasileiros faz compras por impulso e gasta mais do que recebe. É o que revelam estudos recentes sobre hábitos de consumo no País, que tentam desvendar por que os brasileiros não têm planejamento financeiro e, costumeiramente, ficam com as contas no vermelho. 

Pesquisa divulgada neste mês pela Nielsen revela que a classe média brasileira gasta 15% a mais do que ganha. Em média, esse grupo ganha R$ 2.924 mensais, mas gasta R$ 3.116 no período.

Além disso, outro estudo do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) mostra que 85% dos consumidores admitem fazer compras por impulso, ou seja, movidos por questões emocionais.

O aumento de crédito disponível para o consumidor nos últimos anos gerou um aumento do número de pessoas endividadas no Brasil. Um levantamento do SPC e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estimou que, no fim do mês passado, um em cada quatro brasileiros tinha ao menos uma conta sem pagar.

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Para o educador financeiro do SPC Brasil José Vignoli, isso acontece porque os brasileiros não são disciplinados financeiramente ou porque não sabem como anotar gastos e estabelecer prioridades.

Segundo Vignoli, oito em cada dez brasileiros não fazem controle total de suas finanças.

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— Com tudo isso, vemos que a inadimplência está muito mais ligada ao comportamento e hábitos do consumidor do que em relação ao tamanho do próprio orçamento.

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Um quarto dos endividados da classe C deve o dobro do salário

Entre os motivos que o educador financeiro mostra para o descontrole estão: a pressão da própria sociedade (o hábito de “comprar para impressionar os outros”); a sensação de que poupar não vale a pena; e o imediatismo do mundo moderno.

— As pessoas não devem deixar de comprar, mas precisam fazer o consumo consciente. Usando o crédito para o bem. Por exemplo, o cartão de crédito é muito bom para centralizar as despesas, mas, se usar errado, vai dar dor de cabeça. O cheque especial, se extrapolar, vira uma tragédia.

Perder-se na bola de neve das contas é fácil e, de acordo com o levantamento da Nielsen, o endividamento afeta o consumo de produtos básicos, como alimentos, bebidas e cuidados com a casa.

Ficar no azul

Para ajudar os consumidores, o SPC criou um portal com ferramentas e simuladores que ajudam o consumidor em cada situação.

Segundo Vignoli, é possível calcular quanto vai custar a escola do filho e a dívida do cheque especial, por exemplo. O site ainda traz dicas para tomar a melhor decisão para resolver os problemas financeiros.

— O portal tem uma comunicação facilitada, com tradução do economês, fugindo de textos técnicos. A ideia é ajudar o consumidor a comprar dentro das possibilidades e a refletir sobre os seus gastos.

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