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Haddad diz que estuda como driblar restrições da Argentina para aumentar comércio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em comitiva no país vizinho acompanhado do ministro da economia

Economia|

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista em Brasília
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista em Brasília O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista em Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse no domingo que o governo brasileiro estuda alternativas para driblar as restrições de divisas da Argentina e aumentar o comércio entre os dois países, o que pode passar pelo uso de uma moeda única para transações comerciais, embora ainda não haja uma definição.

“Está muito ruim (o comércio) e o problema é exatamente a divisa, né? É isso que a gente está quebrando a cabeça para encontrar uma solução. Alguma coisa em comum, alguma coisa que permita incrementar o comércio, porque a Argentina é um dos países que compram manufaturados do Brasil e a nossa exportação pra cá está caindo”, disse o ministro ao chegar a Buenos Aires.

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Haddad faz parte da comitiva da visita oficial à Argentina do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passa os próximos dois dias no país.

Em um artigo publicado no site argentino Perfil, Lula e o presidente do país Alberto Fernández, citaram o início de conversas para adoção de uma moeda comum sul-americana para transações comerciais.

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“Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana que possa ser utilizada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo os custos de operação e diminuindo a nossa vulnerabilidade externa”, diz o texto, o que causou turbulência pelo entendimento de que os dois países estariam planejando adotar uma moeda comum em todos os sentidos, o que Haddad nega. Segundo ele, não existem conversas para criar uma moeda única.

Ao ser questionado se poderia falar melhor sobre o tema nos próximos dias, Haddad respondeu que sim, e ironizou: “Até porque estão dizendo que vai acabar o real”.

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A negociação, explicou ele, passa neste momento por resolver as dificuldades de divisas da Argentina, que hoje tem apenas cerca de 40 bilhões de dólares em reservas e, com isso, problemas para importar, o que prejudica diretamente o Brasil, seu principal parceiro comercial na região.

“Passa por driblar a dificuldade deles (argentinos). Estamos pensando em várias possibilidades”, disse o ministro, lembrando que teve já mais de uma conversa com o ministro da Economia argentino, Sergio Massa, para tratar do assunto.

Em 2022, as exportações brasileiras para a Argentina chegaram a 15,3 bilhões de dólares, 29% a mais que no ano anterior. Mesmo assim, ainda não voltaram aos valores de 2017, quando alcançaram 17,6 bilhões de dólares.

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