Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

OCDE rebaixa de 1,4% para 0,6% projeção de alta do PIB brasileiro em 2022

Revisão aponta queda da demanda doméstica com inflação, guerra na Ucrânia e condições financeiras mais apertadas

Economia|

Para 2023, a previsão de crescimento do PIB caiu de 2,1% para 1,2%
Para 2023, a previsão de crescimento do PIB caiu de 2,1% para 1,2% Para 2023, a previsão de crescimento do PIB caiu de 2,1% para 1,2%

A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) reduziu sua projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços produzidos — do Brasil neste ano, de 1,4% para 0,6%.

Para 2023, a previsão caiu de 2,1% para 1,2%. As mudanças desde as estimativas de dezembro passado foram informadas no relatório de perspectivas econômicas da OCDE, publicado nesta quarta-feira (8).

Depois da forte recuperação em 2021, o crescimento econômico do Brasil deve desacelerar significativamente em 2022 até se recuperar no próximo ano, afirma a OCDE. "O aumento da inflação, a guerra na Ucrânia e as condições financeiras mais apertadas corroeram o sentimento econômico e o poder de compra, o que deve afetar fortemente a demanda doméstica no primeiro semestre de 2022", prevê a organização.

A corrida presidencial no final do ano também adiciona incertezas ao cenário e ajuda a manter o investimento moderado até 2023, nota a OCDE. A instituição observa que a recuperação do mercado de trabalho brasileiro tem sido lenta, com a taxa de participação e de rendas reais abaixo dos níveis pré-pandemia.

Publicidade

Com o aumento de preços de alimentos e energia em meio à guerra da Rússia na Ucrânia, a OCDE defende programas sociais para proteger a população mais vulnerável. Além disso, o relatório aponta a necessidade de esforços adicionais para melhorar o direcionamento e eficácia dos gastos públicos, "para permanecer consistente com uma gestão fiscal sólida".

Se as pressões inflacionárias persistirem, o Banco Central deverá continuar elevando a taxa básica de juros, diz a organização. Segundo a instituição, é esperado que a taxa Selic suba dos atuais 12,75% para 13,25% ao ano na próxima reunião monetária.

Publicidade

"A taxa Selic deve permanecer em 13,25% até o início de 2023 e então diminuir lentamente ao longo do ano, à medida que os efeitos defasados dos aumentos recentes forem finalmente sentidos", diz o texto.

Ainda, a OCDE incentiva o Brasil a continuar com suas reformas "ambiciosas" para garantir sustentabilidade fiscal e evitar que taxas de pobreza subam. A organização também recomenda maior exploração das fontes de energia eólica e solar para complementar a hidrelétrica.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.