O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) teve 8.478.096 inscrições neste ano, 10,67% a menos que em 2014, quando foram feitas 9,5 milhões de inscrições. De acordo com os dados divulgados pelo MEC (Ministério da Educação), é a primeira redução em relação ao ano anterior desde 2011. O ministro Renato Janine Ribeiro afirmou que a pasta investiga a causa dessa diminuição.
As inscrições terminaram na sexta-feira (5) e as provas serão aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro. O número final de inscritos ainda será confirmado, depois que o pagamento da taxa de R$ 63 for efetuado. No ano passado, dos cerca de 9,5 milhões, pouco mais de 8,7 milhões confirmaram a inscrição.
Uma das hipóteses levantadas pelo ministro é que caiu o número daqueles que não têm certeza se prestariam o exame. Isso porque a pasta estabeleceu que os isentos que não fizerem o exame este ano e não justificarem, não terão isenção no ano que vem. O número de candidatos que solicitaram isenção por carência representa 43,9% dos inscritos – 3,7 milhões – uma redução em relação aos 52,5% do ano passado, cerca de 5 milhões. Além dos candidatos que declaram carência, são isentos os concluintes do ensino médio da rede pública.
Em contrapartida, o número de pagantes aumentou: passou de 3,1 milhões em 2014 (32,4%), para 3,4 milhões (40,2%) neste ano.
— Isso mostra que não houve exclusão devido ao preço da taxa. As pessoas que deixaram de se inscrever terá sido por outra razão que não essa.
Este ano, a taxa de inscrição foi reajustada pela primeira vez desde 2004. Passou de R$ 35 para R$ 63, para repor as perdas com a inflação.
O Enem foi criado para avaliar os alunos que estão encerrando o ensino médio ou que já o concluíram em anos anteriores. Estudantes que não terminarão o ensino médio em 2015 podem participar como treineiros, ou seja, o resultado não poderá ser usado para participar de programas de acesso ao ensino superior.