Unicamp suspende greve; USP corta ponto de servidores
Funcionários acampam na Cidade Universitária em protesto contra o não pagamento de grevistas
Educação|Do R7
Os professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) decidiram, na última quinta-feira (31), suspender a greve até setembro após negociação com a reitoria de abono de 21% sobre o último salário.
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Já na USP (Universidade de São Paulo), parte dos funcionários foi informada nos últimos dias sobre desconto por faltas no próximo pagamento. Como protesto, os grevistas iniciaram um acampamento na frente do prédio onde será realizada, na semana que vem, a Feira de Profissões da USP.
A decisão dos docentes da Unicamp é de suspender a paralisação e voltar ao trabalho até setembro, quando os reitores retomam a discussão sobre o reajuste.
O abono, pedido pela associação de professores para cobrir a defasagem salarial desde maio, não se estende aos funcionários. Como ainda faltam reposição de classes e avaliações, o adiamento do início do segundo semestre letivo da Unicamp deve ser mantido.
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Professores e funcionários das três estaduais pararam há dois meses contra o congelamento de salários, justificado pelos reitores pela crise das instituições, que gastam quase toda a receita com salários. O acordo na Unicamp foi o primeiro avanço de negociação de pauta específica de uma universidade. Nas semanas anteriores, os grevistas queriam discutir só a demanda unificada de reajuste.
Pressão
Professores e funcionários da USP têm sido informados há uma semana sobre corte de ponto pelos dias parados. A reitoria deu autonomia a cada diretor para registro de faltas e descontos no salário. A confirmação do corte de ponto acontecerá na próxima quarta-feira (6), data de pagamento dos servidores. Os principais afetados, segundo o sindicato da categoria, são os funcionários dos órgãos da administração central.
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Na noite da última quarta-feira (30 de julho), funcionários começaram a montar um acampamento na frente do Centro de Práticas Esportivas da USP, onde haverá a Feira de Profissões entre os dias 7 e 9 de agosto. A ideia é colocar barracas para impedir a montagem do evento, que já foi confirmado pela reitoria.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.