Aécio Neves diz que acha "adequado" governar com "21 a 23 ministérios"
Senador lançou comitê central da campanha, nesta quinta-feira (31), em Belo Horizonte
Minas Gerais|Marcia Costanti, do R7, em Belo Horizonte
O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (31), durante lançamento do comitê central "Muda Brasil", em Belo Horizonte, que caso seja eleito vai reduzir para "21 ou 23" os atuais 39 ministérios. O senador mineiro citou um estudo norte-americano, da Universidade de Cornell, que indica o número como suficente para a gestão do Governo Federal. Aécio Neves, entretanto, não revelou quais pastas pretende excluir.
—Tenho citado um estudo de uma universidade americana, que, avaliando mais de 100 países, chegou à conclusão de que aqueles que têm entre 21 a 23 ministérios apresentam os melhores resultados. Isso não significa que ações comandadas hoje por alguns ministérios vão ter menor relevância do Governo.
O candidato ressaltou que pretende desburocratizar o trabalho dos ministérios no País e cortar ainda o número de cargos comissionados.
— Quero diminuir os ministérios, diminuir os cargos de nomeação e fazer com que o Governo funcione. Porque hoje o Governo não ajuda e começa a atrapalhar a vida de quem quer empreender no Brasil.
Na quarta-feira (30), em evento na CNI (Confederação Nacional da Indústria), Aécio Neves já afirmava que "no primeiro dia de governo teremos algo em torno da metade dos atuais 39 ministérios".
O tucano ainda apontou a região do nordeste como um dos pontos que merecerá "atenção toda especial", caso eleito. Segundo ele, ao final de seu mandato à frente do Governo do Estado, as regiões mineiras mais pobres haviam recebido três vezes mais investimentos do que outras localidades.
— Para diminuir a desigualdade, temos que tratar os desiguais de forma desigual. Estamos construindo um plano especial para o Nordeste, e vamos apresentar esta proposta.
Aeroporto de Cláudio (MG)
Durantre o lançamento do comitê no centro da capital mineira, Aécio Neves voltou a se defender sobre as acusações de favorecimento à família por causa da construção de um aeroporto de R$ 13,9 milhões em Cláudio, no centro-oeste mineiro, em terreno que foi desapropriado de um tio avô. Nesta quinta-feira (31), o candidato admitiu ter usado o aeroporto, que está em situação irregular, mas criticou a demora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em homologar o aeródromo.
— Há uma demora muito grande da Anac para homologar aeroportos. Já assumi meu erro em pousar no local, mas o que importa é que a obra foi corretíssima, como milhares de outras que fizemos. Uma obra pública feita para a comunidade.
O candidato voltou a se colocar como a opção da mudança.
— Eu não sou ou candidato do PSDB ou de uma coligação. Sou o candidato com ousadia e coragem para resgatar os valores éticos e morais de Minas Gerais para fazer o Brasil viver um tempo diferente.