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Candidatos a PBH usam condenações, dívidas e até futebol para atacar em debate

Debate da Record Minas foi marcado por troca de acusações pessoais dos políticos

Minas Gerais|Do R7

Debate foi mediado pelo jornalista da Record Minas Luiz Gustavo Luz
Debate foi mediado pelo jornalista da Record Minas Luiz Gustavo Luz Debate foi mediado pelo jornalista da Record Minas Luiz Gustavo Luz

Na reta final da corrida à Prefeitura de Belo Horizonte, os candidatos Alexandre Kalil (PHS) e João Leite (PSDB) participaram do debate da Record Minas neste domingo (23), marcado por troca de acusações pessoais e provocações.

Já no primeiro bloco, onde houve confronto direto entre os dois, com perguntas e respostas, o candidato e deputado estadual do PSDB afirmou que Kalil tem uma dívida de R$140 milhões de fundo de garantia e aposentadoria dos funcionários. O empresário ironizou a pergunta e disse que a acusação é mentirosa.

— Quem dera minha empresa tivesse a pujança de dever R$140 milhões. Isso é uma barbaridade, é criminoso. Ele está desestabilizado por causa das pesquisas. Vamos parar de mentir e falar de proposta.

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Sobre as acusações feitas, Kalil justificou que o candidato tucano estaria “desorientado” com os resultados do último levantamento, realizado pelo Ibope, que aponta o empresário na liderança das intenções de votos em BH.

O empresário Alexandre Kalil iniciou o debate perguntando a João Leite como ele pretende reduzir os gastos da prefeitura de Belo Horizonte com os "penduricalhos políticos". Em resposta, o candidato acusou Kalil de um ampla aliança com Marcio Lacerda, atual prefeito, na campanha de 2004 .

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O candidato do PHS perguntou a João Leite se ele poderia explicar um projeto proposto que previa a construção de um bonde teleférico no hipercentro da capital mineira. O tucano afirmou que responderia, mas, inicialmente, desviou o assunto e comentou sobre sua formação acadêmica em história e afirmou que passou pelo Clube Atlético Mineiro em um período de glória do time.

Ainda antes de explicar a construção do bonde, o candidato João Leite declarou que havia apresentado o plano de governo de sua candidatura desde o mês de agosto, enquanto, segundo ele, Kalil o teria feito neste sábado (22). Por fim, Leite citou a construção de um bonde na parte histórica do centro de BH para fomentar o turismo local.

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Kalil retrucou a restposta do adversário e questionou a capacidade de administração do deputado. Com a mensão do clube mineiro, do qual João Leite foi goleiro e Kalil presidente, o ex-cartola continuou as ironias.

— Nunca tocou nem loja de vitamina na vida. Só botou calção e gravata. Aliás, se essa agressividade fosse contra o Nunes, não tinha tomado aquela bola que passou.

No final do primeiro bloco, o tucano voltou a lembrar sobre as dívidas do candidato do PHS aos seus funcionários. Kalil devolveu a acusação citando nomes de condenados pela Justiça por crimes, que teriam penas atenuadas com a ajuda de Leite.

Segundo Bloco

O segundo bloco, no qual os candidatos responderam perguntas sobre assuntos definidos pela emissora, foi marcado por um clima ameno no início, por causa da especificidade das questões. Apesar disso, a troca de acusações sobre a vida pessoal entre os candidatos, movimentou as discussões no decorrer da escolha das temas.

O primeiro assunto sorteado, ao vivo, foi “enchentes”. Sobre isso, Alexandre Kalil perguntou a João Leite quais seriam as propostas dele em relação às áreas com risco de alagamento em BH, durante o período de chuvas. Leite lembrou vários pontos de risco na capital e disse que a atual gestão do município já tem recursos definidos para financiar as obras necessárias para correção dos problemas.

Segundo ele, o atual governo também já teria um projeto viável. O candidato do PHS completou a pergunta dizendo que, para ele, seria necessária uma remoção rápida da população que mora nessas áreas.

Sobre o tema “alianças políticas”, o deputado João Leite perguntou ao concorrente o que ele faria, se eleito, para mobilizar o parlamento, a favor dos projetos , e para conseguir recursos financeiros para a cidade. Em referência às alianças entre os partidos políticos, Kalil diz que não é necessário “essa sopa de letras na cidade”. O empresário explica que seu objetivo é conseguir o apoio da maioria dos vereadores nos projetos da Câmara e que ele vai trabalhar para que os legisladores municipais sejam um apoio para o prefeito e não rivais.

Leite voltou falar de uma possível relação entre Kalil e o atual prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, que teria rendido à empresa do candidato contratos que chegaram a R$ 50 milhões. Alexandre Kalil respondeu dizendo que o dinheiro recebido pela empreiteira que pertence a ele foi ganhado a partir de obras realizadas para a prefeitura e que foram concluídas.

O tema “ataques na campanha” foi sorteado para Alexandre Kalil formular uma pergunta ao concorrente. Na oportunidade, Kalil afirmou saber que o adversário mantinha um sentimento de afinidade por ele. Como resposta, Leite disse a fala do empresário era verdadeira, mas que sua opinião teria mudado após ele conhecer o “verdadeiro Kalil”.

As acusações continuaram e João Leite lembrou a declaração do candidato do PHS, em um debate realizado na última sexta-feira (22), no qual o empresário teria dito que roubava, mas que não pedia propina. O candidato do PSDB aproveitou se defender da ligação que Kalil fez entre ele e supostos criminosos, durante o primeiro bloco e alfineta.

— Eu não defendo nenhum bandido. Eu não estou te defendendo e você está condenado.

O último assunto sorteado para os aspirantes à prefeito de BH foi “reajuste da tarifa de transporte público”. O candidato João Leite confrontou Kalil dizendo que o contrato de licitação das empresas de ônibus que circulam atualmente na cidade teriam sido celebrados durante a gestão de Fernando Pimentel (PT) na prefeitura, com Paulo Lamac (Rede), vice-candidato da chapa do PHS, como líder do Governo na Câmara. Sobre a insinuação, o empresário disse que Leite estaria mentindo e retrucou com uma acusação de que o Governo tucano teria deixado a administração da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) aos cuidados das empresas de ônibus da cidade.

Por fim, Alexandre Kalil encerrou o bloco afirmando que deve uma dívida de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), como apontado pelos concorrentes à PBH, mas disse que João Leite seria proprietário de um imóvel nos Estados Unidos.

— Eu devo IPTU , mas o João Leite tem apartamento em Miami, sem ter trabalhado na vida.

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Terceiro Bloco

No terceiro bloco, os políticos voltaram a confrontar diretamente, com tema livre, no formato de pergunta e resposta. Alexandre Kalil iniciou respondendo a João Leite sobre a sua proposta para combater à violência e as drogas e disse que pretende unir a Guarda Municipal, a Polícia Militar e a Polícia Civil.

Em seguida, o candidato do PHS indagou o deputado estadual sobre as medidas que pretende tomar para diminuir as mortes por causas externas. João Leite respondeu que pretende implantar o Rede Cuidar.

— Cada ponto de Belo Horizonte que tiver qualquer possibilidade de perda vida humana, vamos estar atentos e vamos universalizar o programa de saúde da família.

Em seguida, Kalil ironizou dizendo que mortes externas não estão ligadas à saúde e sim, à violência, suicídio ou trânsito e, caso seja eleito, fará campanhas de alerta e colocará a polícia na rua por prevenção.

O tucano provocou lembrando de declarações do outro candidato sobre religião, mulher e futebol divulgadas em redes sociais. Kalil destacou que era uma brincadeira.

— Isso chama-se desespero. Eu sou um caro bem humorado, alegre e tudo foi uma brincadeira. Acho que o eleitor não é burro de pensar que prefiro dormir com uma lata do que com uma bela mulher.

Para terminar o bloco, Alexandre Kalil perguntou quais foram os projetos de educação criados por João Leite durante os 24 anos de deputado estadual. O candidato do PSDB disse que implantou os jogos escolares e foi o autor do projeto que levou o xadrez para todas as escolas.

Quarto Bloco

Dedicado apenas a conclusões finais dos candidatos, sem a realização e resposta de perguntas, o último bloco foi um momento de agradecimento para o candidato João Leite. Assim como no debate promovido pela Record Minas no primeiro turno, Leite fez referência à imagem do pai. Ele lembrou que o pai foi policial durante o governo de Juscelino Kubitschek e disse que JK e o senador Aécio Neves (PSBD) foram os homens que mais trabalharam para o Estado de Minas Gerais. Durante a fala, o deputado dedicou agradecimento, ao também senador tucano, Antônio Anastasia. O candidato se disse “orgulhoso” por esses que “vieram antes” e que espera ser o governante do povo.

Já Alexandre Kalil disse que não tinha ninguém a agradecer, com exceção dos eleitores. O candidato aproveitou, ainda, para reafirmar suas ideologias e disse que o “embate” que ele defende não é contra os adversários políticos, mas contra o sofrimento pelo qual os belo-horizontinos estariam passando. Antes de finalizar, Kalil manteve o clima que predominou na noite e apresentou mais duas críticas contra o adversário. Segundo ele, todos os nomes, com exceção de JK, citados por João Leite, serão deixados de lado caso seja eleito. E, para encerrar, o empresário se dirigiu aos professores da capital dizendo que recebeu um projeto envolvendo a educação que teria sido vetado pelo deputado João Leite.

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