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Bombardeios obrigam rebeldes a evacuarem sede do governo de Donetsk

Pró-russos dizem ter aberto um corredor humanitário para saída da região

Internacional|

Rebeldes analisam fragmento de munição (à esq.) e mulher deixa prédio em escombros após ataque de Kiev (à dir.)
Rebeldes analisam fragmento de munição (à esq.) e mulher deixa prédio em escombros após ataque de Kiev (à dir.) Rebeldes analisam fragmento de munição (à esq.) e mulher deixa prédio em escombros após ataque de Kiev (à dir.)

A sede do governo da autoproclamada república popular de Donetsk foi evacuada nesta terça-feira (29) por causa dos bombardeios de artilharia registrados próximos aoo centro da cidade rebelde.

"Dois projéteis caíram em edifícios residenciais", informou o serviço de imprensa dos separatistas pró-Rússia, citado pela agência russa Interfax.

Uma pessoa morreu e três ficaram feridas em um dos prédios. Os rebeldes acusam as forças do governo de Kiev de atacar com artilharia a capital rebelde, que já foi alvo de bombardeios na região do aeroporto e na estação de trens há apenas uma semana.

Segundo os insurgentes, vários dos projéteis caíram perto do hospital Vishnesvski, próximo à Casa do governo, "praticamente no centro". No edifício administrativo fica o escritório do primeiro-ministro insurgente, Aleksandr Borodai, que viajou à Rússia para manter consultas.

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A prefeitura leal a Kiev confirmou o bombardeio da cidade e a evacuação dos residentes em vários bairros do centro de Donetsk, cidade onde vale um toque de recolher e que já foi abandonada por dezenas de milhares de pessoas nas últimas semanas.

De acordo com esta fonte, um edifício residencial e outro administrativo foram danificados, e os funcionários e visitantes do parque Scherbakov tiveram de se esconder em refúgios subterrâneos depois de três morteiros caírem no lago.

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A intensificação dos combates nos últimos dias entre as forças ucranianas e os rebeldes pró-Rússia elevou o número de vítimas entre a população civil.

As autoridades locais informaram que hoje 30 pessoas, entre elas oito crianças morreram pelo fogo de artilharia na cidade de Gorlovka, uma das fortificações insurgentes em Donetsk. No centro da cidade de Lugansk cinco idosos morreram quando se escondiam em um asilo.

Do outro lado dos combates, dez soldados ucranianos morreram nas últimas 24 horas nos combates com os milicianos e mais 50 ficaram feridos.

Os insurgentes pró-russos abriram um corredor humanitário para que a população da região rebelde de Lugansk possa sair. O corredor começa na capital regional, Lugansk, atravessa as cidades de Krasnodon e Izvarino, e termina na pequena cidade russa de Donetsk, que fica na região de Rostov, bem ao sul do país.

Mas os separatistas colocaram em dúvida a criação pelas autoridades de Kiev de seu próprio corredor, já que para isso tinham que ter estipulado antes com os separatistas, a OSCE e a Cruz Vermelha.

As forças de Kiev aceleraram nos últimos dias a contra-ofensiva contra as posições rebeldes em uma tentativa de garantir um corredor seguro para os especialistas internacionais que investigarão a tragédia com o avião malaio que caiu na região com 298 pessoas a bordo.

Assim que a área for controlada, Holanda e Austrália enviarão na zona uma missão policial internacional que se encarregará de garantir a segurança dos legistas e especialistas em aviação que apurarão as causas da catástrofe aérea.

Segundo a ONU, o conflito que explodiu em meados de abril no leste da Ucrânia já deixou mais de 1.200 pessoas mortas e mais de cem mil deslocados.

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