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Caça aos golpistas: civis fazem justiça com as próprias mãos enquanto governo pune envolvidos em ação na Turquia

População sai às ruas a pedido de Erdogan e agride militares envolvidos em tentativa de golpe 

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Militares envolvidos em golpe de Estado apanham de civis na Turquia
Militares envolvidos em golpe de Estado apanham de civis na Turquia Militares envolvidos em golpe de Estado apanham de civis na Turquia

A tentativa de golpe de Estado pela qual a Turquia passou durante a madrugada deste sábado (16) trouxe consequências violentas para a ala do Exército turco que se colocou à frente da ação.

Após terem fechado pontes e fronteiras e decretado toque de recolher, os militares dispuseram tanques de guerra em frente ao Parlamento turco, e dispararam por diversas vezes.

Em apelo à salvação da democracia, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu que civis fossem às ruas se manifestar contra a situação. Mais de 200 pessoas foram mortas durante os confrontos que duraram toda a madrugada, até que Erdogan conseguiu recuperar o controle do país na manhã deste sábado.

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Seria o fim? Na verdade, parece ser apenas o começo. A retomada do poder pelo presidente foi aclamada por milhares de civis, que não hesitaram em sair às ruas para celebrar a vitória da democraria. A questão é que a celebração não foi das mais pacíficas: começou um caça aos golpistas vindo de todos os lados — e executado não apenas por Erdogan, que prendeu quase 3 mil militares e afastou mais de 2 mil juízes suspeitos de estarem envolvidos com o clérigo muçulmano baseado nos Estados Unidos Fethullah Gulen, a quem ele responsabiliza pela tentativa de golpe.

Os civis também entraram no jogo de punição: espancaram alguns dos militares envolvidos na ação da noite de sexta-feira (15), enquanto buscam pelos outros envolvidos. O presidente turco enviou uma mensagem de texto aos celulares de toda a população pedindo que lutassem a favor da democracia, e que fossem às ruas. 

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Desistência 

Quando o governo começou aos poucos a retomar o controle da situação, muitos militares abandonaram seus tanques e começaram a se render. Vídeos em que eles aparecem sendo levados pela polícia mostram que a iniciativa havia sido dos mesmos. Segundo o governo turco, entre os presos estão aqueles que tinham formado "a espinha dorsal" da rebelião. Outros oito militares desembarcaram hoje de um helicóptero na Grécia e pediram asilo ao país.

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— Eles vão pagar um preço alto por isso. Essa revolta é uma dádiva de Deus para nós, porque isso vai ser uma razão para purificar o nosso Exército — afirmou o presidente.

Golpe de Estado

Em comunicado divulgado por uma emissora de TV estatal — invadida pelos militares —, membros do Exército afirmaram terem tomado o poder no fim da noite de sexta-feira. Disseram, ainda, que pretendiam criar uma nova Constituição o mais rápido possível e trazer de volta a laicidade do Estado para a Turquia. Os militares também decretaram lei marcial — que impede o direito de ir e vir e de liberdade de expressão de um cidadão — e desativaram o acesso às redes sociais. 

A violência começou quando os civis não respeitaram a ordem de permanecer em casa, e começaram a sair pelas ruas protestando contra o ato e a favor da democracia. 

A situação na Turquia está controlada e, agora, Erdogan e seus apoiadores buscam as reminiscências da tentativa de golpe: querem encontrar todos os envolvidos para "limpar o Exército".

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