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China denuncia hipocrisia americana após acusações de ciberespionagem

Autoridades chinesas afirmam que acusações são absurdas e que se apoiam em fatos inventados

Internacional|

Cinco oficiais chineses foram acusados de ciberespionagem e espionagem econômica pelos EUA
Cinco oficiais chineses foram acusados de ciberespionagem e espionagem econômica pelos EUA Cinco oficiais chineses foram acusados de ciberespionagem e espionagem econômica pelos EUA

A China acusou nesta terça-feira (20) os Estados Unidos de hipocrisia e convocou o embaixador americano em uma resposta enérgica à acusação nos Estados Unidos de cinco oficiais do exército do país asiático por ciberespionagem e espionagem econômica.

As autoridades chinesas, do ministério da Defesa ao de Relações Exteriores, afirmaram que estas acusações eram absurdas e se apoiam em fatos inventados, denunciando, por sua vez, as ações americanas em matéria de segurança informática.

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"Não há dúvida de que são os Estados Unidos os que realizam ciberespionagem, com suas escutas de pessoas, empresas e instituições em muitos países do mundo", declarou Hong Lei, porta-voz da chancelaria chinesa.

Já "o governo chinês, o exército chinês e os efetivos que dependem deles jamais estiveram tão envolvidos nos supostos roubos informáticos de segredos comerciais", disse Hong.

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"Do WikiLeaks ao caso Snowden (o ex-consultor da inteligência americana), a hipocrisia dos Estados Unidos e seu recurso a uma moral dupla em matéria de segurança informática ficaram em evidência há muito tempo", insistiu o ministério chinês da Defesa.

A chancelaria chinesa convocou nesta terça-feira o embaixador americano em Pequim, Max Baucus, para transmitir o protesto enérgico da China.

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Os Estados Unidos iniciaram na segunda-feira um processo contra cinco oficiais do exército da China por espionagem industrial e econômica, uma medida sem precedentes que as autoridades chinesas classificaram de absurda.

"Em um caso no qual alegamos espionagem econômica por parte de membros das forças armadas chinesas, e é a primeira vez em que são apresentadas acusações contra agentes de um Estado por este tipo de ação de hackers", declarou o procurador-geral, Eric Holder, ao anunciar o caso diante de um júri na Pensilvânia (leste).

As acusações foram apresentadas contra cinco integrantes da Unidade 61398 do Exército Popular de Libertação (o nome do exército chinês) por supostamente ter roubado, entre 2006 e 2014, segredos de empresas americanas do setor energético, para beneficiar companhias estatais chinesas.

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Os acusados foram identificados como "Wang Dong, Sun Kailiang, Wen Xinyu, Huang Zhenyu e Gu Chunhui, oficiais da Unidade 61398, do Terceiro Departamento do Exército Popular de Libertação", informou o departamento de Justiça.

O processo alega que os cinco acusados "conspiraram para invadir entidades americanas, manter acesso não autorizado aos seus computadores e roubar informações que seriam úteis para concorrentes na China, incluindo empresas estatais", informou o Departamento de Justiça em um comunicado.

Entre as empresas mencionadas no processo como vítimas de espionagem econômica chinesa encontram-se Westinghouse, US Steel e Alcoa, assim como as filiais da SolarWorld.

Holder declarou na segunda-feira que o julgamento deve servir como uma advertência. Segundo o funcionário de alto escalão americano, o julgamento "deixa claro que os atores estatais que participarem de espionagem econômica, mesmo que pela Internet dos escritórios de Xangai, serão descobertos e buscaremos sua prisão e indiciamento perante um tribunal americano".

O porta-voz da chancelaria chinesa, Qin Gang, declarou que estes incidentes "colocam em risco a cooperação e a confiança mútua" entre os dois países.

Segundo o Washington Post, a ciberespionagem chinesa custa entre 24 bilhões de dólares e 120 bilhões de dólares anuais à economia americana.

Por sua vez, o diretor do FBI, James Comey, sustentou que "há muito tempo o governo chinês utiliza a ciberespionagem de forma vergonhosa para obter vantagens econômicas para suas empresas estatais".

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