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Empresa localiza vazamento na central de Fukushima que despeja água radioativa para Pacífico

Fluxo de água entra no subsolo de um dos edifícios e sai contaminada até o mar

Internacional|Do R7

Funcionários da Tepco medem radiação em tanque da central de Fukushima
Funcionários da Tepco medem radiação em tanque da central de Fukushima

A Tepco, empresa que administra a central nuclear de Fukushima, detectou pela primeira vez um fluxo de água que entra no subsolo de um dos edifícios e sai contaminada até o mar.

A água, procedente de uma montanha próxima, entra por uma passagem para tubos de canalização e chega ao subsolo do edifício que abriga a turbina do reator número um, explicou a Tokyo Electric Power (Tepco).

A empresa exibiu fotos e vídeos do problema. Também é possível ouvir um barulho idêntico ao de uma cascata.

A central de Fukushima Daiichi contém 400 mil toneladas de água repleta de césio, estrôncio, trítio e outras substâncias radioativas no subsolo ou armazenadas em quase mil depósitos improvisados após o acidente nuclear de 2011 provocado por um tsunami.


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A localização dos pontos de entrada da água natural é essencial para poder deter o fluxo e evitar sua contaminação e posterior vazamento ao Oceano Pacífico.


Paredão de gelo

O governo japonês anunciou na terça-feira (3) um plano de emergência para conter o vazamento de água radioativa.


Segundo a emissora NHK, o país começará em outubro a testar um sistema para congelar o subsolo em torno dos reatores.

O muro resultante evitaria que a água subterrânea procedente de montes limites à central entrasse nos porões dos edifícios.

Acredita-se que atualmente cerca de 400 metros cúbicos penetram diariamente nas estruturas, onde se misturam com água do sistema de refrigeração dos reatores, que vaza também para os porões e que está muito contaminada ao haver entrado em contato com os núcleos parcialmente fundidos.

Em julho, a Tepco admitiu que cerca de 300 toneladas de água tóxica vão parar no Pacífico diariamente.

O plano de urgência do governo é introduzir conduções de metal no solo até uma profundidade de 30 m. Uma vez enterradas as varas, se bombeará cloreto de cálcio líquido a - 40°C para congelar a terra ao redor.

O teste será realizado em um solar de cerca de 100 m² junto ao prédio do reator 4 para comprovar se realmente o método é capaz de bloquear a passagem de água subterrânea.

O Ministério de Indústria japonês espera terminar o teste até o final de março de 2015 e começar o processo completo de congelamento do solo imediatamente depois.

O teste em si terá um custo de 1,3 bilhão de ienes (quase R$ 30 milhões), enquanto o orçamento total destinado pelo governo para este sistema é de 32 bilhões de ienes (R$ 749 milhões).

Esse montante faz parte de uma verba total de 47 bilhões de ienes (R$ 1,1 bilhão) procedentes do volume público que o governo aprovou esta semana para resolver os vazamentos em Fukushima.

Parte desse orçamento também será destinado a combater vazamentos de água radioativa detectadas no último mês nos tanques usados para armazenar o líquido usado para refrigerar os reatores.

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