Malásia investiga possível vínculo terrorista ao desaparecimento de avião
Aeronave com 239 pessoas a bordo ainda não foi encontrada
Internacional|Do R7
As autoridades da Malásia investigam um possível ataque terrorista contra o avião da Malaysia Airlines, que desapareceu no último sábado (8), provavelmente nas águas do Golfo da Tailândia, com 239 pessoas a bordo, informou neste domingo o ministro dos Transportes, Hishammuddin Hussein.
Os serviços de segurança investigam a lista de passageiros do voo MH370 após descobrirem que pelo menos dois deles viajavam com passaportes falsos e haver suspeitas sobre a identidade de pelo menos outros dois. "Estamos investigando a lista inteira de passageiros, não só desses quatro", disse Hishammuddin em entrevista coletiva no aeroporto de Kuala Lumpur.
— Ao mesmo tempo nosso serviço de inteligência foi ativado e certamente as unidades antiterroristas de todos os países relevantes foram informadas.
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O italiano Luigi Marald e o austríaco Christian Kozel aparecem na lista de 227 passageiros que viajavam de Kuala Lumpur para Pequim no sábado, mas nenhum dos dois estava na Malásia nesse dia. Marald teve o passaporte roubado há um ano durante férias na Tailândia, e Kozel estava na Áustria e, como ao primeiro, teve o passaporte na Tailândia dois anos antes, comprovaram as autoridades.
Os Estados Unidos enviaram uma equipe de especialistas do NTSB (Conselho Nacional de Segurança no Transporte), acompanhados de assessores técnicos da Boeing, a fabricante do avião, e da FDA (Administração Federal de Aviação americana) para ajudar nos trabalhos de investigação sobre o que aconteceu com a aeronave.
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Os passaportes roubados, unido ao avião ter desaparecido em uma região sem problemas meteorológicos, alimentaram as especulações sobre um possível ataque terrorista. Além disso, o diretor da Administração da Aviação Civil do Vietnã, Lai Xuan Thanh, qualificou de "estranho" que o equipamento eletrônico do avião da Malaysia Airlines não tenha enviado automaticamente sinais por satélite.
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O Boeing 777-200 partiu de Kuala Lumpur às 00h41 (local, 13h41 da sexta-feira em Brasília) e deveria aterrissar em Pequim seis horas mais tarde, e, mas perdeu o contato com a torre de controle de Subang, ainda na Malásia, às 02h40 (local). O piloto do Boeing 777-200 é um malaio de 53 anos com uma longa experiência na companhia, na qual ingressou em 1981 e onde já realizou 18.365 horas de voo.