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Médicos sem Fronteiras suspende resgate de imigrantes no Mediterrâneo

A suspensão decorre da decisão da Itália de estabelecer uma área para limitar o acesso das ONGs em águas internacionais

Internacional|Da Agência Brasil

Cerca de 600 mil imigrantes chegaram ao país nos últimos quatro anos
Cerca de 600 mil imigrantes chegaram ao país nos últimos quatro anos Cerca de 600 mil imigrantes chegaram ao país nos últimos quatro anos

A organização humanitária internacional MSF (Médicos sem Fronteiras) informou que, a partir deste sábado (12), estão suspensas "temporariamente" suas ações de resgate de imigrantes no Mar Mediterrâneo. "Estamos suspendendo nossas atividades porque agora sentimos que o comportamento ameaçador da Guarda Costeira da Líbia é muito grave", disse o presidente da MSF na Itália.

A suspensão decorre da decisão da Itália de estabelecer uma área para limitar o acesso das ONGs (organizações não governamentais) em águas internacionais. "Os fatos recentes no Mediterrâneo mostram que o código de conduta é parte de um plano mais amplo que visa selar a costa e bloquear imigrantes e refugiados da Líbia", acrescentou Filippi.

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A decisão é um desdobramento na crescente tensão entre Roma e as ONGs, uma vez que a migração domina a agenda política da Itália.

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Cerca de 600 mil imigrantes chegaram ao país nos últimos quatro anos, a grande maioria vinda da Líbia, onde diversos navios são operados por contrabandistas. Por sua vez, a Itália teme que os grupos estejam facilitando o tráfico de pessoas e encorajando os imigrantes a realizarem a travessia. Por isso, propôs um código de conduta que dita as regras da operação. O código é formado por 13 compromissos, e o principal deles proíbe as ONGs de entrar nas águas territoriais líbias, a não ser em "situações de grave e iminente perigo".

A organização médica havia informado que, mesmo não assinando o código de conduta, respeita as regras já estabelecidas nas leis internacionais e nacionais. A ONG atua há mais de três anos em ações de busca e assistência médica no Mediterrâneo. Com três barcos, os profissionais do MSF socorreram diretamente 19.708 pessoas entre abril e novembro do ano passado e forneceram ajuda médica a 7.117 pessoas que foram transferidas para outras embarcações – inclusive do governo – para um desembarque seguro na Itália. Este ano, a ONG já resgatou mais de 16 mil pessoas.

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