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Morte de bebê de 8 meses após estupro em orfanato choca bolivianos

A autópsia da criança confirmou o abuso sexual na madrugada da quinta-feira (13)

Internacional|Do R7

O governo de La Paz informou que quatro funcionários do orfanato Virgem de Fátima foram detidos
O governo de La Paz informou que quatro funcionários do orfanato Virgem de Fátima foram detidos

A morte de um bebê de oito meses após ser violentado em um orfanato público de La Paz causou comoção generalizada na Bolívia nesta sexta-feira (14) e pedidos de punições exemplares para o autor do crime, informaram fontes oficiais.

O governo de La Paz informou que quatro funcionários do orfanato Virgem de Fátima foram detidos pelo crime cometido ontem e que os médicos de um hospital que supostamente se negaram a atender o menor serão investigados. A criança morreu após uma parada cardíaca.

Os presos são a administradora, um médico, um porteiro e uma babá do orfanato onde aconteceu o estupro do bebê, que teve hemorragia. "Isto é uma aberração. Temos que exigir que seja dada uma punição", disse a ministra da Luta Contra a Corrupção, Nardy Suxo.

Ela destacou que é preciso "unir forças para que o autor seja punido com a maior pena" e para que as autoridades responsáveis pelo orfanato também sejam castigadas.


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O presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Elío, pediu à Justiça que a lei seja aplicada com todo o seu rigor contra o autor do estupro.

"Eu acho que têm que aplicar todo o rigor da lei neste tipo de fato que nos indigna, nos deixa com uma dor muito forte", disse ele.


A autópsia ao bebê confirmou o abuso sexual na madrugada da quinta-feira (13) e que ele morreu por causa da hemorragia produzida pela violação. Identificado apenas como Oscar, a criança estava no orfanato há algum tempo, depois de ter sido retirada dos pais que sofriam com o alcoolismo.

O caso se apresenta em meio a uma onda de denúncias de violência sexual contra mulheres e menores. Agora, o governo estuda ações para conter os recorrentes casos de abuso e ataques sexuais.

Em março do ano passado, o governo boliviano promulgou a Lei para Garantir às Mulheres uma Vida Livre de Violência, que tipifica o feminicídio como o assassinato de uma mulher por sua condição de mulher e o castiga com a pena mais alta da legislação boliviana, 30 anos de prisão sem indulto.

No entanto, desde a entrada em vigor da lei, os índices de violência machista no país não só não reduziram, como aumentaram. 

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