O Nepal abandonou neste domingo (20) as busca pelos três guias desaparecidos na avalanche de sexta-feira (18) no Monte Everest, que matou outras 13 pessoas, indicou uma fonte oficial.
As autoridades descartaram qualquer possibilidade de encontrar vivas as três pessoas desaparecidas.
"Decidimos parar as buscas pelos desaparecidos. Não conseguimos identificar a localização dos corpos e agora é ainda mais difícil encontrá-los na neve", declarou Dipendra Paudel, um alto funcionário do Ministério do Turismo.
No sábado (19), as equipes de resgate no Monte Everest encontraram o corpo de um guia nepalês, a 13ª vítima do deslizamento de terra.
Os guias preparavam o local para receber os alpinistas durante a alta temporada no momento da avalanche, o acidente com o maior número de mortos na história da maior montanha do mundo.
A avalanche aconteceu às 6H45 locais de sexta-feira a 5.800 m de altitude, em uma área próxima da geleira de Khumbu.
O acidente evidencia os grandes riscos para os guias sherpas, que transportam barracas, alimentos, reparam equipamentos e fixam as cordas para ajudar os alpinistas estrangeiros que pagam dezenas de milhares de dólares para chegar ao topo.
Mais de 300 pessoas morreram no Everest desde a primeira escalada com sucesso, de Edmund Hillary e Tenzing Norgay em 1953.
O pior acidente na história do alpinismo no Nepal aconteceu em 1995, quando uma avalanche atingiu o acampamento de um grupo nipônico, perto do Everest, e matou 42 pessoas incluindo 13 japoneses.
O Nepal, país pobre do Himalaia, tem oito das 14 maiores montanhas do mundo, com mais de 8.000 m.
O governo do Nepal concedeu licenças a 734 pessoas, incluindo 400 guias, para escalar o Everest este verão.
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