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Número de refugiados pode chegar a 700 mil em 2014, o maior em 20 anos

Sírios foram os que mais pediram asilo a países industrializados; iraquianos vêm em segundo

Internacional|

A população da Síria foi a que mais solicitou asilo a países industrializados
A população da Síria foi a que mais solicitou asilo a países industrializados A população da Síria foi a que mais solicitou asilo a países industrializados

O número de solicitantes de asilo nos países industrializados não para de aumentar e se prevê que neste ano possa chegar a 700 mil, um patamar que não se alcançava nas últimas duas décadas e que então coincidiu com a Guerra dos Bálcãs.

A previsão foi feita nesta sexta-feira (26) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o organismo internacional encarregado de outorgar às vítimas — particularmente de conflitos e perseguição — o status legal de refugiados em um país diferente do seu.

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Os 700 mil solicitantes de asilo que provavelmente se acumulem no final de dezembro corresponderão unicamente aos que terão conseguido chegar a um dos 44 países industrializados receptores incluídos em um relatório semestral divulgado hoje pelo Acnur.

Segundo os dados desta agência da ONU, nos primeiros seis meses do ano se registraram 330.700 solicitações de asilo nesse grupo de países, 24% mais que um ano antes, mas só 2.600 casos mais que na segunda metade de 2013.

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Não estão incluídos aqueles que fogem a outros países em desenvolvimento, que de maneira geral são os que suportam a maior carga da problemática dos refugiados no mundo.

Este é o caso da população da Síria, que sofre a maior crise dos últimos anos em matéria de êxodo de uma população. Cerca de três milhões de sírios encontraram refugiados em alguns dos países vizinhos — principalmente Líbano e Jordânia, além da Turquia —, apesar de constituírem o grupo nacional que mais conseguiu chegar aos países industrializados para pedir asilo.

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As solicitações de asilo de sírios chegaram entre janeiro e junho a 48.400, frente a 18.900 no mesmo período de 2013 e a 37.500 no segundo semestre do ano passado.

Aos sírios seguem os iraquianos, que apresentaram 21.300 pedidos de asilo, um número que compreende os pedidos desde o início do ano até 30 de junho.

Isto significa que esse dado não leva em consideração o êxodo de centenas de milhares de civis que fugiram da ocupação de importantes áreas do norte do Iraque pelo grupo jihadista Estado Islâmico, responsável por vários crimes de civis e que mostrou particular sanha contra as mulheres.

Na última semana, 145 mil iraquianos cruzaram a fronteira com a Turquia — país incluído entre os receptores no relatório — fugindo do grupo terrorista. 

Os afegãos são o segundo grupo nacional que apresentou mais solicitações de asilo (19.300), seguidos dos eritreus (18.900), em ambos casos como consequência de conflitos internos.

"Estamos claramente na era de conflitos crescentes. A comunidade internacional necessita preparar suas povoações para a realidade que, na ausência de soluções aos conflitos, mais e mais pessoas vão precisar de refúgio nos próximos meses e anos", disse o responsável do Acnur, António Guterres.

Apesar do aumento geral de novas solicitações mostrado pelo relatório, dois terços delas foram apresentadas no primeiro semestre em apenas seis países: Alemanha, Estados Unidos, França, Suécia, Turquia e Itália.

Na Europa foi apresentado um total de 264.000 pedidos de asilo, dos quais 216.000 corresponderam aos 28 países da União Europeia.

A Europa Central — concretamente Polônia e Hungria — foi a única região onde se observou uma queda nos pedidos de asilo no primeiro semestre do ano, da ordem de 47% e 27%, comparado com o primeiro e segundo semestre de 2013, respectivamente.

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