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Peça desalojada na pista é a possível causa do acidente ferroviário na França

Acidente deixou pelo menos seis mortos e 70 feridos

Internacional|

Os socorristas trabalharam durante toda a noite à procura de vítimas que poderiam estar presas nas ferragens
Os socorristas trabalharam durante toda a noite à procura de vítimas que poderiam estar presas nas ferragens Os socorristas trabalharam durante toda a noite à procura de vítimas que poderiam estar presas nas ferragens (LIONEL BONAVENTURE/AFP)

O descarrilamento de um trem nesta sexta-feira (12) perto de Paris, que causou seis mortes, foi provocado por uma falha no sistema de mudança de trilhos, explicou a companhia ferroviária neste sábado (13).

"Uma eclissa", uma espécie de clipe de aço que liga dois carris, "se desprendeu" e saiu do local, detalhou Pierre Izard, gerente geral de infra-estrutura da companhia SNCF.

Esta peça "foi parar no centro do sistema de agulha, o que impediu a passagem normal das rodas do trem, provocando seu descarrilamento", detalhou.

O trem, que fazia o percurso Paris-Limoges (centro), descarrilou 40 km ao sul de Paris. Segundo o último balanço oficial, seis pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas, incluindo nove em estado grave.

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Todas as estações ferroviárias da França realizaram um minuto de silêncio ao meio-dia deste sábado em homenagem às vítimas da catástrofe.

Guillaume Pepy, presidente da SNCF, anunciou que as 5.000 eclissas existentes na rede ferroviária de todo o país passaram por revisão.

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De acordo com o ministro francês dos Transportes, Frédéric Cuvillier, o acidente não foi provocado "por falha humana".

O condutor inclusive evitou uma colisão frontal com um trem que viajava no sentido contrário ao acionar o alarme que obriga todos os trens a pararem na zona, explicou.

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As equipes de resgate continuam o trabalho de busca por mais vítimas.

O acidente aconteceu 200 m antes da estação de Brétigny-sur-Orge, na altura de uma mudança de agulha, que havia sido examinada em 4 de julho, segundo a SNCF.

O trem se dividiu em duas partes ao entrar em grande velocidade na estação às 15h15, segundo a polícia.

"Uma parte do trem seguiu em frente, enquanto a outra metade tombou na estação", indicou uma fonte local.

Quatro vagões descarrilaram, segundo Guillaume Pépy.

Os socorristas trabalharam durante toda a noite à procura de vítimas que poderiam estar presas nas ferragens.

O trabalho de identificação dos corpos será "muito longo", advertiu na sexta-feira à noite o presidente francês, François Hollande.

De acordo com o ministro dos Transportes, o trem circulava "em velocidade normal, a 137 km/h, quando o limite era de 150 km/h".

Ele indicou que 385 passageiros estavam no trem no momento do acidente.

Cuvillier declarou que a locomotiva e os vagões estavam com sua "revisão em dia", mas "isso não quer dizer que devemos ficar satisfeitos em ter material de 30 anos".

Ele insistiu na necessidade de uma "modernização" de algumas linhas.

A associação de usuários de trens denunciou por sua vez neste sábado a existência de "trens-lixo", vagões velhos e material enferrujado.

Passageiros e testemunhas descreveram as cenas de terror.

"Vi muitas pessoas feridas, mulheres e crianças presas dentro do trem. As pessoas gritavam. Um homem estava com o rosto cheio de sangue", testemunhou à AFP Vianey Kalisa, um desempregado de 30 anos que esperava o seu trem para voltar a Paris.

Marc Cheutin, um passageiro de 57 anos, explicou à AFP que precisou "passar por cima de uma pessoa decapitada" para sair do vagão em que estava.

"Pouco após a partida, sentimos um primeiro choque. O vagão em que eu estava foi atingido", contou por telefone.

Cerca de 300 bombeiros, 20 equipes médicas e oito helicópteros foram mobilizados. Todos os hospitais da região parisiense estão em alerta para receber as vítimas.

Dezenas de caminhões dos bombeiros e veículos da polícia estavam estacionados em frente à estação de trem.

A estação de Brétigny-sur-Orge permanecerá fechada por três dias.

Este é o pior acidente ferroviário em Paris desde o acontecido na Gare de Lyon, que deixou 56 mortos em 1988.

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